Notícias

Música e poesia de cordel na 7ª Edição da Quinta Cultural

27/10/17

<span rgb(75,="" 75,="" 75);="" font-family:="" roboto,="" sans-serif;="" font-size:="" 16px;="" white-space:="" pre-wrap;"="">As tradições nordestinas tomaram conta da Quinta Cultural no dia 26 de outubro, no Auditório José Campelo Filho. Em sua 7ª edição, o projeto recebeu a dupla de músicos Mazinho Viana e Regina Casaforte, o cordelista mirim Filipe Borges, de 11 anos, além da participação especial do mestre cordelista Antonio Francisco, de Mossoró-RN.

A abertura do show ficou por conta de Filipe, que recitou versos de sua própria autoria, e cordéis de Antonio Francisco. O cordelista mirim não parou quieto no Auditório: manteve a interação com o público, apertou a mão das pessoas, e conseguiu trazer felicidade, emoção e também reflexão com os seus versos.

Apesar da pouca idade, Filipe Borges se mostra um apaixonado pela literatura nordestina e também estrangeira. “A leitura é como uma nave que te leva para outros planetas. Quando eu leio, me sinto em Hogwarts, como em Harry Potter, ou no Acampamento Meio-Sangue, de Percy Jackson ”, ressalta. Apesar de gostar dos personagens famosos entre as crianças de sua idade, as maiores inspirações para Filipe são pessoas reais, nordestinos como ele: sua mãe, a também poeta Claudia Borges, e o mestre Antonio Francisco. Inspirado e incentivado por eles, o menino escreveu o seu primeiro livro intitulado Natureza em Versos. “Meu livro tem um tema totalmente ecológico. Eu penso muito na natureza, porque eu tenho visto as pessoas maltratando os animais, a Terra, e eu tento protege-la”, explicou. Empolgado com a sua paixão pela literatura de Cordel, ele se dedica ao Caçador que Aprendeu a Amar, seu segundo trabalho como escritor, mas não conta pra ninguém a história completa que é para “não dar spoiler” aos futuros leitores de sua obra. “Quando crescer eu quero ser ator... Mas, pra mim, a literatura é a minha vida e eu não pretendo parar ”, enfatiza Filipe.

Logo após a apresentação de Filipe, foi a vez do mossoroense Mazinho Viana, da pernambucana Regina Casaforte, e dos músicos Oswin Lohss (compositor e pianista alemão) e Gideon (baterista). A apresentação foi repleta de belas músicas autorais, com direito a utilização de vários instrumentos, como agogô e castanholas da Espanha, que prenderam ainda mais a atenção do público. A dupla apresentou um trabalho regionalista, e com bastante diversidade. Em suas músicas vemos traços de blues, reaggae, xote, côco, entre outros ritmos. Mazinho também tem uma parceria com o mestre cordelista Antonio Francisco. “Desde muito cedo eu tenho uma parceria com ele, e como eu já estava bem perto de seu trabalho, fui musicando suas poesias”, explicou. Uma das músicas mais famosas fruto dessa parceria é “Metade de Dez”, que não fez ninguém ficar parado. “A Quinta Cultural nos deixou muito surpresos, em um espaço excelente. Parabéns ao Sindicato, a João Barra, Nando Poeta que estão insistindo e acreditando, porque é preciso isso acontecer na nossa Cidade”, disse Regina Casaforte.

Para Antonio Francisco, a Quinta Cultural mantem viva a cultura do nosso estado. “Se Câmara Cascudo tivesse vivo, dizia o que eu tô dizendo agora: que o Rio Grande do Norte tem poeta, tem sim muitos artistas. E a Quinta Cultural é mais do que um projeto, é polir a alma da cultura do nosso estado”, exaltou o poeta.
______

O projeto Quinta Cultural é um evento do Sindicato dos Bancários do RN, com produção de João Barra e Nando Poeta. O evento é gratuito, aberto ao público, e acontece sempre na última quinta-feira de cada mês. Fique por dentro das próximas atrações, siga a nossa página https://www.facebook.com/bancariosrn/