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PSO: A fábrica de caos.

26/01/10

EM JUNHO DE 2009, A DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO DO BANCO DO BRASIL NOTIFICOU A SUPERINTENDÊNCIA NO RN A RESPEITO DE OCORRÊNCIAS RELACIONADAS À ABERTURA DE TERMINAIS DE CAIXA POR ADMINISTRADORES E COMISSIONADOS. DETERMINOU A SUSPENSÃO IMEDIATA DE TAL PRÁTICA PORQUE AS ATRIBUIÇÕES DOS CAIXAS SÃO COMPLETAMENTE DISTINTAS DAS ATRIBUIÇÕES DE ADMINISTRADORES E COMISSIONADOS.

 

 

Como essa situação não era restrita ao RN, o Banco tentou solucionar o problema – na realidade piorou bastante – com a criação da Plataforma de Suporte Operacional – PSO. Assim, os caixas deixaram de fazer parte do quadro das agências e passaram para um novo prefixo (4833) – PSO Natal I – RN.

 

 

Essa segmentação retirou poderes do Gerente Geral da agência, ficando o controle dos serviços da bateria a cargo do Gerente dos Caixas. Este, se transformou num verdadeiro escravo, pois gerencia, autentica, abastece máquinas, contabiliza e acalma a multidão indócil que procura esse tipo de serviço do Banco. Além da preocupação com o obsoletismo das máquinas de depósitos (TAA), as quais apresentam defeitos constantemente.

 

 

Qualquer semelhança do Gerente dos Caixas com a personagem de Charles Chaplin, no filme Tempos Modernos, não é mera coincidência.
Com a política do Banco de reduzir o número de caixas, estes são insuficientes para atender ao público, o que gera longas filas, insatisfações generalizadas e reclamações frequentes. O ser humano caixa se transformou numa máquina e não pode sequer se ausentar para as suas necessidades mais básicas, pois, quando volta, recebe críticas ácidas dos clientes que esperam ansiosos na fila. Vale lembrar que o Banco descumpre descaradamente a Lei das Filas, que vigora, desde julho de 1998.
Antes da PSO, havia mutirão para processar os envelopes, o que caracterizava desvio de função. Hoje, apenas os caixas, com a ajuda de um gerente, processam os envelopes, já que não há contratação de novos funcionários. Isso tem gerado um excesso de horas extras nunca visto na história do Banco. Mesmo assim é comum ficarem inúmeros lotes de depósito em dinheiro e cheques para processamento no dia seguinte.E quando o sistema trava as horas extras de um funcionário, este passa a trabalhar com a chave de outro, o que demonstra a urgente necessidade de contratação de concursados que este Sindicato tanto cobra.

 

 

O pior é que corre à boca miúda que a bateria de caixas do prédio da Av. Rio Branco será unificada e reduzida de doze para oito guichês. Imaginem que a unificação das baterias de caixa das agências Presidente Bandeira e Alecrim, num espaço reduzidíssimo, sem o aval da Engenharia do Banco, NÃO reduziu o número de caixas e assim mesmo criou mais caos e desespero dos funcionários e clientes daquelas unidades. Como será no prédio da Av. Rio Branco?

 

 

A direção do Sindicato, no seu papel de defesa dos bancários, cobra do Superintendente a solução desses problemas e alerta: denunciará aos órgãos responsáveis pela fiscalização da jornada de trabalho, a exemplo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), antiga DRT, e do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Diante da Reestruturação neoliberal que o BB implanta com redução de caixas e transformando bancários em vendedores, priorizando o lucro e desprezando a saúde dos bancários, resta-nos a defesa da vida humana e sua qualidade. Por isso, propomos que os bancários NÃO assinem o Termo de Prorrogação da Jornada de Trabalho para o mês de fevereiro, isto é, não trabalharemos além das 6h diárias, e que o Banco contrate, imediatamente, dez funcionários concursados (quantidade necessária para cobrir as horas extras efetuadas na PSO em dezembro), com a criação do setor para processamento de envelopes centralizado na PSO Alecrim.

 

 

CONVOCAMOS TODOS A PARTICIPAREM DE UMA ASSEMBLEIA

 

28 de janeiro, às 18h30m, na sede do Sindicato.

 

Na ocasião, vamos discutir e deliberar as propostas acima e outras já sugeridas nas reuniões realizadas nos locais de trabalho