Após 16 dias de greve os vigilantes do RN encerraram a greve com uma grande vitória: impediram a aplicação irrestrita da nova legislação trabalhista e mantiveram direitos históricos. Apesar de difícil, a greve mostrou que o único caminho para a vitória é a luta. Nesse enfrentamento, ficou a lição de importância da consciência e do apoio de classe, e para os bancários a expectativa para uma campanha salarial pesada e agressiva em 2018.
Os vigilantes do RN usaram estratégias parecidas com os bancários ao se utilizarem de comissões de esclarecimento na porta das principais agências bancárias e unidades de saúde, postos de trabalho que contam com maior visibilidade junto à população. Com isso também enfrentaram um inimigo feros. Além dos patrões das empresas de segurança, se somaram a eles os banqueiros e parte da Justiça. Foram 16 interditos proibitórios e várias negociações para conseguir reverter decisões jurídicas desfavoráveis.
Mas a vitória veio, e não foi pequena. As principais conquistas da greve foram:
- Reajuste salarial de 2,2%;
- Aumento de 19,23% no vale alimentação passando para R$15,50;
- Mantida a escala de 12/36h;
- Mantida intrajornada de 1 hora;
- Mantido 5° dia útil para pagamento;
- Mantida data base para 01/02;
- Nenhuma demissão e nenhuma punição aos grevistas;
- Mantém a hora noturna em 52m30seg com acréscimo de 20% legal;
- Intrajornada com acréscimo de 50% do valor da hora;
- dias parados: 20% serão abonados; 40% a compensar e 40% descontado em 6 meses.
A redação do acordo deverá ser fechada na sexta-feira, 16 de março.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários, Juvêncio Hemetério, foi uma grande experiência. “Saímos vitoriosos da greve, muito claramente foi uma experiência fantástica para os vigilantes que usaram os esquemas de bancários, nós do Sindicato dos Bancários fomos protagonistas juntamente com eles, os diretores atuando nos piquetes e fortalecendo nossa categoria para a campanha de setembro” avaliou.