Prontos para o desafio
26/03/18
Todos os anos os bancários enfrentam uma batalha pesada em sua campanha salarial. O oponente é o patrão de um dos setores mais fortes da economia. Mesmo assim, conseguem com força e organização avançar e minimizar os danos da exploração do capital.
Em 2017 os trabalhadores do Brasil foram atacados com a destruição das leis trabalhistas. A chamada Reforma Trabalhista, capitaneada pelo deputado potiguar Rogério Marinho (PSDB), praticamente extinguiu os direitos dos trabalhadores e colocou em xeque, na mesa de negociação, todos os direitos já conquistados.
Os bancários do RN acompanharam no início do mês de março a difícil greve dos vigilantes que enfrentaram a tentativa dos patrões de retirar direitos históricos da categoria. Amparados pela nova legislação, os donos das empresas de segurança ameaçavam retirar benefícios que poderiam reduzir em até 30% o salário dos trabalhadores.
Essa é a conjuntura posta para os bancários em 2018. Os banqueiros virão com sede para retirar direitos e aumentar seus lucros. É hora de organizar.
Diferente dos outros anos, após 31 de agosto os bancários perderão tudo que está garantido no Acordo Coletivo. Por isso, a organização terá que começar com antecedência. O calendário já esta sendo encaminhado pela CONTRAF CUT, que é quem negocia pela categoria nacionalmente, e devemos fazer nossa parte.
Mais do que nunca o resultado da conquista será proporcional à organização e força dos trabalhadores. Com uma agravante: dessa vez a luta não será apenas para conquistar, a resistência terá que ser grande para que não haja perda de direitos. E isso atinge todos as esferas da linha de produção. Desde o caixa até o gerente estão ameaçados, logo, é imprescindível a coesão do movimento.
Apesar do cenário não ser dos mais animadores, é preciso transformar essa apreensão em luta e partir pra cima dos patrões. Se o que valerá é o acordado, os bancários precisam ser protagonistas na negociação para arrancar um acordo vantajoso!