Metade dos trabalhadores do RN está na informalidade
27/03/18
Ao contrário do que sustentavam os defensores da Reforma Trabalhista, até agora não houve qualquer efeito positivo na geração de empregos. Isso é o que vem mostrando vários estudos pelo Brasil.
No RN, o jornal Tribuna do Norte trouxe matéria no dia 18 de março em que destaca a migração dos trabalhadores para a informalidade.
‘‘Dos 1,3 milhão de trabalhadores inseridos no mercado privado local, no quarto trimestre do ano passado, 627 mil se dividiram em ocupações precárias, sem nenhum vínculo empregatício ou garantia previdenciária. O número corresponde a 50,2% da massa trabalhadora ativa, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Num dos efeitos da crise econômica, ao longo do ano passado, o quantitativo de trabalhadores domésticos informais chegou a 69 mil, um número recorde. Egressos, a maioria deles no mercado formal, eles tiveram que se adequar à nova realidade e obtiveram ganhos mensais médios de R$ 471. Das 93 mil pessoas que desempenhavam tal função no estado, somente 25 mil estavam formalizadas. Enquanto o número de informais subiu, o número de registros de Carteira de Trabalho assinadas caiu. Os reflexos disso vão além da economia.’’
Os dados por si só já desmontam os argumentos dos que previam geração de empregos e melhora da economia. Mas eles são ainda mais graves, pois fazem com que a economia recue ainda mais.
E a matéria ainda finaliza. ‘‘O mercado de trabalho no RN encerrou 2017 com saldo negativo de vagas. Somente em dezembro foram fechados 2.851 postos formais de trabalho, numa tendência diferente ao longo do segundo semestre do ano, que acumulava saldo positivo em contratações‘’.