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Rio ‘‘Insegurança‘‘ do Norte

03/04/18

Há algum tempo a população do Rio Grande do Norte vem sofrendo com a insegurança que assola o estado. Nenhuma medida efetiva é apresentada pelo poder público e, enquanto isso, vamos todos virando reféns.
A última semana é um retrato cruel do que o potiguar vem enfrentando nos últimos tempos.
Na madrugada de 28 de março, uma quadrilha explodiu caixas eletrônicos de três agências bancárias de Ceará-Mirim, cidade da Grande Natal. Na fuga, os bandidos atiraram na base da PM e ainda espalharam grampos pela pista. Segundo a Polícia Militar, ninguém foi preso.
De acordo com a PM, os bandidos chegaram na cidade por volta das 2h e explodiram os caixas do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal. Nesta última, o bando explodiu o cofre da agência. Fortemente armados, os criminosos ainda atiraram na base da PM. Nenhum policial ficou ferido.
Na mesma noite, em Monte Alegre, o carro particular do Governador Robinson Faria foi tomado de assalto. Fato considerado ‘‘normal’’ pelo gestor estadual em entrevista concedida à imprensa na manhã seguinte.
E por fim, e muitíssimo mais grave, dois dias antes (26/03), um casal da Polícia Militar de Santa Catarina sofreu uma tentativa de assalto e foi baleado em uma pizzaria da Zona Norte de Natal. O crime aconteceu no conjunto Parque das Dunas. Segundo a PM, os dois foram socorridos, mas a policial Caroline Pletsch, de 32, não resistiu. Até o fechamento desta edição, o sargento Marcos Paulo da Cruz, de 43 anos, permanecia internado no Hospital da PM sem risco de morte.
O poder público não pode ficar assistindo sentado e catalogando como normal todo categoria de crime. Não é possível que os trabalhadores da segurança pública fiquem expostos e vulneráveis à tamanha violência.
Não é de forma bélica que vamos enfrentar esse terror. Políticas públicas, geração de emprego e renda e estrutura adequada para os profissionais da segurança já poderiam ser um bom começo.