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Desmonte da CEF na mira de Temer

23/05/18

Na Caixa, os trabalhadores da ativa estão esgotados com a falta de empregados, a sobrecarga de trabalho e estão tendo seus salários confiscados por equacionamentos sucessivos, que consomem quase metade da renda de muita gente. Os aposentados também são castigados pelos equacionamentos e a redução dos benefícios. Agora, o desmonte da Funcef avança com a retirada de qualquer poder de decisão e fiscalização dos trabalhadores dentro do Fundo.
Segundo informações do governo, Ana Paula Vescovi, presidente do Conselho de Administração da Caixa e secretária-executiva do Tesouro Nacional, pretende aprovar nova mudança estatutária no banco.
Essa proposta já havia sido feita por ocasião do debate do novo Estatuto, em outubro de 2017, mas foi retirada devido à grande resistência dos trabalhadores. Infelizmente, nem nas tentativas anteriores nem neste momento a Contraf/CUT levou esta discussão para a base, e tampouco mobilizou a categoria. Falta uma campanha nacional em defesa da Caixa 100% pública e contra os ataques ao Saúde Caixa, à Funcef e aos demais direitos dos empregados.
Na Funcef, o Grupo de Trabalho que está criando uma proposta de Revisão estatutária, apresentou os primeiro pontos no dia 18. Neles, fica bem claro que o objetivo é retirar do participante todo e qualquer direito de fiscalizar e decidir sobre os rumos do Fundo de Pensão. Eles deram até o dia 29 de maio para que as Entidades Representativas apresentem alterações nas propostas, mas não adianta reformar uma proposta que já nasceu para nos atacar. Ao contrário do que diz a Contraf, não é de mais tempo que precisamos, mas de uma ampla luta para barrar qualquer alteração que mexa em conquistas históricas. A campanha salarial vem aí e é preciso fazer atividades e paralisações, se preciso, antes mesmo da deflagração da campanha, impedindo este retrocesso.
A Caixa é o laboratório de mais este ataque do Governo Temer. Quanto mais as Entidades se abstiverem da luta neste momento, mais retrocessos acontecerão. É preciso que os trabalhadores tomem as rédeas da luta pelos seus direitos, sob a pena de, em breve, não terem mais nem o que defender.