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Foi dada a largada

25/06/18

Pauta entregue e campanha planejada. Agora chegamos ao grande desafio do ano: a Campanha Salarial dos Bancários. De um lado os banqueiros, aquela velha imagem do banqueiro gordo sentado em cima de um saco de dinheiro; do outro a categoria, a imagem de bancários sendo chicoteados e oprimidos nos locais de trabalho.
Mas nem todo mundo enxerga essas diferenças tão claramente. Para muitos, os banqueiros ou seus representantes são ‘‘colegas de trabalho’’, aqueles que acham que para crescer na carreira precisam ajudar a empresa a crescer. Outros ainda não conseguem enxergar os bancários como trabalhadores comuns, vendedores da sua força de trabalho e explorados em sua jornada, acreditam que devido às conquistas da categoria, como auxílios e ambiente de trabalho agradável, os bancários são privilegiados.
É preciso acabar com essas ilusões. Ainda mais agora que, todos os direitos conquistados a duras penas, estão ameaçados pelos banqueiros e sua Reforma Trabalhista.
É necessário que cada colega se reconheça como trabalhador e peça fundamental da engrenagem da luta que estamos começando. Um colega que resolva virar as costas para a luta, fará falta. União e coesão são as palavras-chaves desse desafio.
O BB, em abril, inaugurou uma agência, no Estado de São Paulo, que irá funcionar com trabalhadores terceirizados exercendo todas as atividades de um bancário. Aquilo que até bem pouco tempo era um ‘‘alarde de sindicalista’’, é hoje uma realidade.
Cada bancário é hoje responsável por seu emprego e suas conquistas. Não dá mais para perguntar ao colega: ‘‘vai ter greve este ano?’’, tem que mudar para: ‘‘e aí, vamos organizar a luta juntos?’’.
A legislação trabalhista atual é traiçoeira e não há mais o escudo da ultratividade, é tudo ou nada.
A primeira negociação com a Fenaban ocorre no dia 28 de junho e com o BB já foi confirmada para o dia 29.