[Todas as vidas - Cora Coralina]
"> Vive dentro de mim a mulher do povo.[Todas as vidas - Cora Coralina]
">O dia 8 de março foi escolhido como uma homenagem às corajosas operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova Iorque. Elas reivindicavam uma jornada de 10 horas de trabalho por dia e equiparação salarial com os homens que desempenhavam igual função. Unidas, decidiram fazer um protesto seguido de uma greve. Os donos da fábrica, juntamente com a polícia, trancaram as portas de emergência do galpão das máquinas e atearam fogo. 129 mulheres morreram por asfixia. Elas ousaram desafiar o preconceito para conquistar seu lugar de direito. Assim, abriram as portas para que todas as mulheres pudessem ter um tratamento mais justo na sociedade.
Nossas bandeiras estão em nossas mãos
As mulheres sempre lutaram contra a violência que sofrem no dia-a-dia. Assim como no passado, mulheres trabalhadoras, lésbicas e negras saem às ruas pelo mundo afora empunhando bandeiras como: licença maternidade e salário igual para trabalho igual, entre outras Mais da metade das mulheres trabalhadoras no Brasil enfrentam problemas como desemprego, informalidade e precarização das relação de trabalho. A jornada dupla é um osso duro de roer. Isso é conseqüenciais das políticas praticadas pelos governos neoliberais. Infelizmente, essa prática conta com a cumplicidade de centrais sindicais como a CUT e a Força Sindical, que traiu a classe trabalhadora e passou para o lado dos patrões e governos.
É preciso combater toda forma de exploração capitalista e construir uma nova sociedade, onde homens e mulheres tenham direitos iguais. A vitória dessa batalha depende de movimentos organizados e independentes de governos e patrões.
Por um mundo sem violência contra as mulheres
A violência contra a mulher fruto do machismo, da sociedade patriarcal e capitalista, que coloca a mulher como mercadoria e objeto, além de outras formas de mercantilização do nosso corpo e da exploração da nossa força de trabalho não remunerada. A violência contra a mulher precisa acabar. Precisamos construir uma sociedade onde todos e todas tenham o direito de viver com dignidade.
Seguiremos lutando e organizando as mulheres, os homens, a juventude trabalhadora, para defender os nossos direitos de viver num país justo, igualitário, soberano e sem VIOLÊNCIA contra as mulheres! É imprescindível dizer em alto e bom som que não há capitalismo sem machismo, assim como não é possível acabar com o machismo sob o capitalismo.
Nesse 8 de março de 2010 vamos resgatar os cem anos de história do Dia Internacional da Mulher. Mais uma vez vamos às ruas exigir direitos e garantir conquistas.
Vive dentro de mim a mulher do povo.
Bem proletária. Bem linguaruda, desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa, de chinelinha e filharada.
Vive dentro de mim a mulher roceira, enxerto de terra, trabalhadeira
[Todas as vidas - Cora Coralina]