A montanha pariu um rato. Depois de 70 dias da entrega da pauta e de uma enrolação nas mesas entre a Fenaban e a Contraf/CUT, que se arrasta até quase o fim da vigência do nosso atual acordo coletivo, a “proposta” apresentada é terrível. Propõe um reajuste irrisório de 4,2%, quando os lucros dos bancos crescem de 20% a 30% ao ano, e a inflação real, dos combustíveis, passagens, comida e aluguel subiu muito mais que isso!
E pior do que colocar em risco direitos e dar um reajuste insignificante, a proposta novamente bienal daria um cheque em branco para o novo governo que assumir em 2019 e os banqueiros promoverem novas “reestruturações” no sistema bancário, colocando para fora mais dezenas de milhares de trabalhadores, descomissionando em massa e atacando nossos direitos e condições de trabalho. Foi isso que aconteceu de 2016 até hoje, e vai se repetir ainda mais intensamente nos próximos dois anos, caso passe um acordo bienal, por conta da reforma trabalhista, aprovada em 2017.
Chega de enrolação! Assembleias já! Greve dia 24!
A Contraf/CUT e a Contec estão deliberadamente empurrando a negociação para que coincida com o fim da vigência do nosso atual ACT. Para que os bancários tenham que aceitar uma proposta rebaixada com a faca no pescoço do risco de não ter mais garantidos os direitos que estarão suspensos, como tíquetes alimentação e refeição, PLR, licenças maternidade e paternidade ampliadas, Abonos e APIPs, etc. Tudo o que querem é garantir o “desconto assistencial”, um confisco de 3% do salário dos bancários, em substituição ao imposto sindical.
É hora de dizer chega! Hoje é o dia de exigir assembleias ainda para esta 5ª-feira, dia 23, e deflagração de greve dia 24, como já votaram os sindicatos de Bauru-SP, Maranhão e Rio Grande do Norte! Para que haja tempo suficiente de pressionar os banqueiros e o governo antes do final do mês, com uma forte greve, que lhes coloque contra a parede nas negociações. A negociação só vai andar se houver greve! Uma coisa não é incompatível com a outra, muito pelo contrário. É a nossa força nas ruas e sem produzir que pode levar a que haja a manutenção e nossos direitos e conquistas nesta campanha salarial.
ASSEMBLEIAS JÁ, PARA A BASE DECIDIR!
CHEGA DE ENROLAÇÃO. GREVE DIA 24/8
FRENTE NACIONAL DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA