Infelizmente a Contraf CUT, mais uma vez, está tentando dar um golpe na categoria quando, sem sequer ouvir sua base, propõe aceitar a oferta da Fenaban de 5%.
Foram mais de 70 dias de negociação e o Comando defende que a grande conquista da Campanha foi o ‘‘recuo’’ dos patrões com relação à retirada de direitos. Mas em nenhum momento os direitos foram retirados e, desde a aprovação da Reforma Trabalhista, a categoria estava preparada para o terrorismo dos banqueiros.
Não à toa os banqueiros foram grandes financiadores da Reforma e da aprovação da lei das terceirizações. Já há bancos terceirizando a gerência média. E com este acordo bienal que está sendo proposto, serão dois anos da categoria engessada sem poder lutar contra as reestruturações, descomissionamentos e sobrecarga de trabalho.
A categoria está disposta a lutar. O lucro dos bancos continua crescendo na casa dos 20% ao ano, enquanto que a oferta de 5% não cobre a inflação real que toda a população vem sentindo na pele e nos bolsos.
Não é apenas o financeiro, mas sobretudo os demais ataques. Os planos de saúde do BB e da Caixa, por exemplo, serão sucateados para atender as resoluções 22 e 23 da CGPar e, as negociações era o caminho ideal para a luta e defesa desses direitos.
Sabemos o que está em jogo. Desde a aprovação da Reforma Trabalhista e o fim do imposto sindical, os pelegos da Contraf CUT e demais sindicatos que se negam a trabalhar junto a suas bases estão sem saber de onde arrumar financiamento. Por isso, em troca de uma Campanha tranquila, sem greve e sem luta, a Fenaban está lhes entregando um desconto assistencial obrigatório de 3%. Ou seja, se antes o imposto sindical referente a um dia de trabalho significava 3,33% do seu salário, eles encontraram uma forma de conseguir uma fonte equivalente.
Mas não vamos aceitar ser vendidos por 3%. A categoria quer e merece mais.
Por isso convocamos a categoria a lotar a assembleia desta quarta-feira, 29, às 18h30, no auditório do Sindicato dos Bancários (av. Deodoro, 419,Petrópolis) para darmos um recado à Contraf CUT e à Fenaban:
ACORDO REBAIXADO: NÃO VAMOS ACEITAR! GREVE A PARTIR DE 3 DE SETEMBRO!
