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Proposta pode salvar a CASSI, mas contraria interesses do Banco

24/09/18

No dia 13 de setembro a ANABB realizou um evento em que trouxe o ex-diretor da CASSI Fernando Amaral para apresentar uma proposta alternativa à do Banco do Brasil para salvar a Caixa de Assistência.
A proposta é baseada em uma consultoria contratada pelo próprio Banco e prevê a manutenção da proporcionalidade do custeio entre o patrocinador (BB) e os associados, elevando o percentual de contribuição, mas mantendo a proporcionalidade salarial e o princípio da solidariedade.
A proposta do Banco do Brasil é desastrosa para os funcionários, porque torna a Caixa de Assistência um plano de mercado, sugerindo inclusive a troca do termo ‘‘associado’’ por ‘‘beneficiário’’.
Além disso prevê cobrança por dependente, aumento na contribuição apenas dos funcionários, dentre outros ataques.
Amaral explica que o déficit é decorrente da falta de reajuste, uma vez que a inflação médica é sempre maior que os aumentos salariais conquistados pela categoria. Entretanto, a CASSI é um plano de autogestão, por isso mesmo, mais barato, pois você projeta o custo, a parte administrativa e a reserva da ANS, e ainda não perde usuários e não tem taxa de inadimplência. Em contrapartida, o índice de envelhecimento de um plano de saúde é de 67%, na CASSI é 154%. Atende muito mais idosos, são 157 pessoas com mais de 100 anos.
Em 2007 o Banco não aceitou aumentar a contribuição. Consumiu toda a reserva e agora chegou a conta. Apostando na atenção primária, a CASSI diminuiu seus custos, mas precisa reequilibrar suas contas. Por isso é preciso que haja o reajuste, dividindo de uma forma diferente. Os associados pagariam 5,56% e o Banco 8,35%.
Cada um continuará comprometendo um percentual fixo da sua renda. Não alterando a arrecadação do Plano.
Entretanto o Banco está tentando se adequar à Resolução 23 da CGPar e se desonerar com relação à saúde de seus funcionários.
Para que os funcionários consigam negociar a nova proposta, é preciso derrotar a proposta do Banco e votar NÃO na consulta que ocorre entre 24 de setembro e 05 de outubro. A CASSI tem problemas, mas também tem solução, por isso precisamos lutar em defesa dela.