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As definições de ’’raposa tomando conta do galinheiro‘‘ foram atualizadas

26/11/18

Aos poucos o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), vem dando forma a sua equipe e mostrando que a ordem é vender tudo. Nos Bancos Públicos nada mais privatista. Para quem duvidava que os bancos públicos estavam na mira, os futuros presidentes do BB e da CEF são especialistas em enriquecer banqueiro vendendo o patrimônio público. Rubem Novaes do BB já declarou que vai "privatizar tudo que for possível" no Banco. Seu colega Pedro Guimarães na Caixa tem no currículo o comando da privatização do Banespa. Será preciso muita luta e organização dos Bancários destes bancos e dos trabalhadores das demais empresas estatais para impedir a entrega do nosso patrimônio.
O ditado que fala sobre a raposa tomando conta do galinheiro vem sendo atualizado diariamente com as indicações. A luta será árdua.
- Paulo Guedes (ministro da economia) - É um dos fundadores do Banco Pactual  – que posteriormente foi comprado e integra hoje o BTG Pactual, um dos maiores do país. Também criou o BR Investimentos, hoje parte da Bozano Investimentos – empresa que investe em ações privadas. 
- Joaquim Levy (presidente do BNDES) - foi secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda com FHC, foi secretário do Tesouro Nacional de Lula (2003-2006) e comandou o Ministério da Fazenda com Dilma. Passou quatro anos no cargo de diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos Bradesco. Deixou o posto de diretor-financeiro do Banco Mundial para voltar à administração pública.
- Ilan Goldfajn (presidente do Banco Central)- economista-chefe e sócio do Banco Itaú com trabalhos e publicações sobre metas de inflação e dívida pública. Herança do Governo de Michel Temer.
 
- Rubem de Freitas Novaes (presidente do Banco do Brasil) - professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), atuou como diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tem formação acadêmica e profissional semelhante a Paulo Guedes, com passagens pela Universidade de Chicago (EUA), o berço do liberalismo econômico. ‘‘A orientação é eficiência, enxugamento e privatização do que for possível. Vamos buscar bons resultados e tornar o banco cada vez mais competitivo, mas de uma maneira enxuta’’, declarou.
- Pedro Guimarães (predidente da Caixa Econômica Federal) - PhD em economia pela Universidade de Rochester, com especialização em privatizações, tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, com passagem por diversas instituições – como Banco Bozano, Simonsen, Banco BTG Pacutal e Banco Brasil Plural.
          Guimarães, sócio do Banco de Investimentos Brasil Plural, foi um dos responsáveis por fazer o levantamento das estatais que poderiam ser vendidas na gestão Bolsonaro. Ele trabalhou com Guedes no BTG Pactual, na época em que o futuro ministro era sócio do Banco de Investimentos.
          Para o diretor do SEEB RN, Juvêncio Hemetério, apesar das raposas, é preciso ir para o enfrentamento e lutar para não perder direitos. ‘‘Estado mínino, estatais enxutas para depois privatizar, esse é o modelo. Vamos ao enfrentamento, mas a forma papai-mamãe, previsível da nossa de luta já era. Teremos que radicalizar,  seremos taxados de baderneiros, mas é questão de sobrevivência: está em jogo o nosso o salário, o benefício da aposentadoria e o emprego’’, declarou.