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Censura e fim da diversidade na propaganda pública

07/05/19

Por um pedido pessoal do presidente Jair Bolsonaro, a mais recente campanha do Banco do Brasil foi retirada do ar. O vídeo censurado pelo Palácio do Planalto era marcado pela diversidade, com a presença de atores e atrizes negros, e representando diferentes estilos contemporâneos justamente para conversar com o público jovem, alvo da campanha doBanco na peça.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro se envolveu pessoalmente ao procurar o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para reclamar do vídeo. O resultado foi a censura do filme e a demissão de Delano Valentim, Diretor de Comunicação e Marketing do Banco do Brasil.
Um dia após o presidente vetar a peça, o governo determinou que todas as agências de publicidade que prestam serviços ao governo devem submeter as peças de propaganda a uma espécie de censura prévia sob responsabilidade da Secom.
A contradição é grande: diz-se liberal e intervem na Petrobras e censura peças publicitárias. Trata-se de mais uma comprovação de um governo ultraconservador, racista, preconceituoso, atrasado. O que querem é que a sociedade brasileira seja retratada como uma juventude branca, bonita (no padrão da burguesia), bem-vestida e que não inclua a massa. Soluções para os problemas da economia, até agora, nada.