Os bancários do RN fizeram o dever de casa e pararam geral as atividades na capital e interior potiguar nesta sexta-feira, 14 de junho. Os bancos amanheceram fechados e a maior parte dos bancários entendeu a importância da participação na luta em defesa da aposentadoria. Os banqueiros serão os maiores beneficiários da tal Reforma que coloca para capitalização um sistema que hoje é solidário e de seguridade social, além de prejudicar principalmente mulheres, população de baixa renda e escolaridade.
As ações da Greve Geral foram iniciadas ainda de madrugada quando um grupo de trabalhadores fechou a rotatória de Extremoz e colocou fogo em pneus impedindo a circulação de caminhões na zona industrial e também impedindo a passagem de ônibus, uma vez que a maior parte das garagens que cobrem a Zona Norte de Natal ficam naquela região. A parada forte do transporte público também reforçou a paralisação dos trabalhadores dos serviços privados que ficaram impedidos de chegar ao local de trabalho. O ponto negativo fica para a truculência da polícia que dispersou os manifestantes com uso de gás de pimenta.
À tarde, bancários e demais trabalhadores se uniram em caminhada saindo do Midway em direção à árvore de Mirassol. Cartazes de “Derrotar os cortes”, “Reforma Não” e “Greve pela aposentadoria e educação” eram estampados enquanto alguns manifestantes clamavam palavras de ordem.
Para o coordenador-geral do Sindicato dos Bancários do RN, Euardo Xavier, os bancários deram uma demonstração de força para derrotar o pacote de maldades de Bolsonaro. “Não podemos fazer nenhuma concessão, não é porque tiraram alguns bodes da sala dessa Reforma maldita que vamos recuar. Vamos construir novas greves e o Ocupa Brasília, temos que nos fortalecer e no unir”, avaliou.
Cerca de 30 mil pessoas participaram dos protestos.