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12 de julho é dia de luta

09/07/19

Após um processo muito difícil e com muita crise entre o governo e o parlamento, o texto da reforma da Previdência foi aprovado na Comissão Especial da Câmara Federal. Evidentemente que todo tipo de fisiologismo foi utilizado nesse processo, inclusive a compra de deputados federais a peso de ouro, como os R$ 40 milhões liberados pelo governo para que votassem a favor do relatório. A versão aprovada é ainda pior que as anteriores, mantém a essência do ataque aos trabalhadores, além de proteger os interesses do agronegócio, isentando os ruralistas de pagar sua contribuição.
Porém, a aprovação do projeto na Comissão Especial só foi possível por uma armação política e um grande acordão que envolve o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deputados do Centrão, os governadores – incluindo PT, PSB, PCdoB e PDT – e parte da cúpula das Centrais Sindicais através de parlamentares do Solidariedade e PSC. 
É preciso denunciar essa tentativa de acordo, que joga contra a luta dos trabalhadores para derrotar a Reforma da Previdência. Quem negocia, trai! Não há negociação com o governo e/ou com esse parlamento que mude o caráter regressivo dessa reforma. O único caminho para a classe trabalhadora é derrotar esse projeto.
Neste sentido, a aprovação do relatório na Comissão Especial não significa de maneira nenhuma que a reforma está concluída. Ao contrário, a luta ainda está em curso. Por isso, é preciso apostar na mobilização permanente contra a Reforma da Previdência e todas as políticas de ataques de Bolsonaro e desse Congresso Nacional, como os cortes na educação e o pacotão de privatizações.