No dia 20 de agosto, por propositura do deputado estadual Francisco do PT, a pedido do Sindicato dos Bancários do RN e da AFBNB, a Assembleia Legislativa do RN realizou uma audiência pública sobre o ‘‘Fortalecimento do BNB e sua importância para a economia do RN, do Nordeste e do País - Não ao desmonte!’’.

A mesa do evento foi composta  pelo diretor técnico da Emater, Raimundo Costa Sobrinho, o coordenador do Comitê Nacional em Defesa do BNB, Robson Luis Andrade Araújo, a presidente da AFBNB, Rita Josino Feitosa da Silva, diretor do SEEB RN, Francisco Ribeiro, o presidente da Fetarn, Manoel Cândido e a representante do DIESSE, Maiara Bezerra Dantas de Oliveira, além do próprio deputado Francisco.

Os bancos públicos estão na mira do Governo Federal (vide matéria de capa) e por isso é tão importante que assumamos sua defesa.

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) completou 67 anos cumprindo sua missão desenvolvimentista de grande relevância para a superação das desigualdades regionais históricas que prejudicam não apenas as populações das regiões menos desenvolvidas economicamente, mas também comprometem todo o projeto de desenvolvimento do país.

Como lembrou o deputado Francisco do PT, o BNB é o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina e é reconhecido por promover o bem-estar das famílias e dos pequenos empreendedores. 

O BNB já investiu, desde 1990, cerca de R$ 250 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), do qual é administrador, nas mais diversas atividades produtivas. Apenas no ano passado, o Banco financiou mais de R$ 32,6 bilhões de recursos do FNE – um aumento de 104% em relação a 2017.

No quesito microcrédito, apenas no primeiro semestre deste ano, o CrediAmigo do Banco do Nordeste superou a cifra de R$ 5 bilhões em contratações em toda a sua área de atuação. A eficiência e a eficácia do BNB podem ser compreendidas quando olhamos para o tamanho de sua rede e o impacto social de sua ação: se por um lado o número de agências do Banco do Nordeste representa apenas 8% do total das agências bancárias de sua área de atuação, por outro elas atendem a cerca de 70% dos financiamentos.

É bem verdade que o BNB se consolidou como principal braço desenvolvimentista do Estado na área em que atua. Isso, no entanto, não o deixa imune a medidas que representam ataques e tentativas de fragilização, principalmente aos órgãos regionais.

Para o diretor do SEEB RN e funcionário do BNB, Francisco Ribeiro (Chicão), a preocupação do nosso Sindicato é com a sustentabilidade da empresa. ‘‘Estou no Banco há 43 anos e acompanhei todas as tentativas de privatização, extinção, incorporação do Banco que veio desde Collor de Mello, passando pelo famigerado FHC’’, lembrou.

A presidente da AFBNB, Rita Josino, destacou a importância do debate sobre o tema. ‘‘Às vezes até assusta, mas o propósito é para que a gente possa dialogar e informar sobre coisas essenciais no contexto em que vivemos’’, falou.