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Contraf CUT reduz Campanha Salarial a índice e bancários veem direitos serem eliminados

09/09/19

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira (6) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de agosto, que regula o reajuste da categoria bancária. Segundo o Instituto, o índice ficou em 0,12% em agosto. O acumulado em 12 meses ficou em 3,28%. Com isso, já contando o percentual acima da inflação de 1%, definido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os bancários terão reajuste de 4,31% nos salários, PLR e todas as demais verbas definidas pela convenção da categoria.

Infelizmente a categoria nada tem a comemorar. Pela segunda vez a Contraf CUT amarrou a categoria a um acordo bianual que reduz a Campanha Salarial a um índice de reajuste, que diga-se de passagem, nem de longe repõe as perdas do período, esquecendo-se ainda das perdas históricas da categoria, bem como do ataque aos direitos da classe trabalhadora.

Os bancários dos bancos públicos vêm sofrendo constantes ameaças de terceirizações, reestruturações e privatização, bem como estão vendo seus fundos de pensões e planos de saúde serem atacados sistematicamente pelo Governo Bolsonaro e pelo Mercado. Os bancos privados cada vez mais fechando agências e explorando seus trabalhadores que sofrem com assédio e adoecimento. Paralelo a isto estamos enfrentando um bombardeio sem precedentes com seguidas reformas trabalhistas e uma reforma da previdência que, na prática, representará o fim da Previdência Pública.

Uma categoria que sempre foi referência de luta para toda a classe trabalhadora brasileira não pode ser amordaçada por dois anos e ter que engolir calada um reajuste que não contempla suas necessidades, assim como não pode ser proibida de lutar pelos demais direitos conquistados a duras penas.