Por Cocota-San - Funcionário do BB, agência Shopping Midway Mall - RN
CERTO DIA entra um idoso no Banco e diz:
__ Doutor, por que meus “óclus” ficam embalsamados quando eu entro no Banco?
__ Porque eles estão velhos.
__ Doutor, meu saldo está aprisionado. O que eu faço para libertá-lo?
__ Solicite um Habeas Saldus!
Aliás, lá na turma da SUPER já apareceu um certo gerente que, em setembro de 2009, estava reclamando do acordo de trabalho de 2010, e o colega que recebeu o seu pleito sugeriu que ele solicitasse um Habeas Boga, pois o que ele estava querendo era tirar o seu (dele) da reta. Como se vê, há Lungas em todos os lugares.
Outro dia, chegam duas moças querendo receber o Bolsa Escola. O nosso colega solicita as identidades, confere os números dos benefícios e entrega um cartão para uma das jovens e diz para ela liberar o cartão e sacar seu benefício nas máquinas. Para a outra jovem, ele fiz que o cartão dela não chegou e que, pior, não há crédito. Inconteste, a jovem questiona:
__ Por que o da minha colega chegou e o meu NÃO?!
__ Porque o nome dela é Érica. Ela é rica, por isso tem dinheiro. Você é Elisa e, como tal, não tem dinheiro.
Certo dia, um rebu daqueles que acontecem todos os dias na Prudente de Morais, clientes gritando por atendimento, filas enormes que a ninguém interessa ver, quando nosso atendente sobe os degraus que separam os pisos da agência e vê no meio da algazarra um poeta matuto plantado no meio da fila e diz:
__ A culpa é sua! Se você tivesse declamando seus versos, entretendo o povo, nada disso aconteceria.
__ O poeta, que não por acaso também é primo do nosso atendente, diz: “O que eu tenho com isto?”
__ Você é poeta e “todo artista vai aonde o povo está”, declame. E o poeta começou a desfilar os versos de Jessier Quirino e acalmou a turba que esperou pacientemente ser atendida.
Sua fama vai crescendo e vão-lhe atribuindo outras estórias, muitas das quais ele nega, como estas:
__ Senhor, eu venho aqui ao Banco porque meu irmão mandou-me uma dádiva e eu não consigo sacar. Gostaria de saber o porquê. Nosso analista faz as contas de praxe e responde:
__ Minha senhora! Sua dádiva encontrou-se com sua dívida e fizeram um acerto de contas, no qual ambas sucumbiram. Esclarecida a sua dúvida?
__ Indébito! Eu em débito com o Banco?! Duvido! Quero minha dádiva.
Senta-se à sua mesa uma senhora Balzaquiana, vestida com uma blusa preta colante e decotada na qual repousa um escapulário com a imagem da Santa Ceia, quando o nosso atendente depara-se com aquela cena maravilhosa, onde o que queria escapulir eram os seios e não o escapulário, fixa os olhos na imagem, arregala os olhos e diz:
__ Mama Mia! Mama Mia!
__ A senhora, inconteste: “Gostou da Santa Ceia?”
__ Adorei os santos seios.
Toca o telefone, e ele não perde a linha.
__ Alô! Bom dia! Banco Tal! Fulano de Tal!
__ Orlando está?
__ Na Flórida.
__ E Sidney?
__ Na Austrália.
__ Obrigado!
Se vocês não gostaram do texto, porque não se enquadram no contexto ou por algum outro pretexto, acham o autor um chato, impaciente, intransigente ou arrogante. Um verdadeiro purgante, lembrem-se de que o textículo serve pelo menos para limpar o efeito do purgante. Porque todos sabem que o mais incrível é que ser Lunga é irresistível.
Autor: Cocota-San.
Pode não ser Lunga, mas é íngua, e que língua?!