O movimento sindical e popular se organizou na manhã desta sexta-feira, 8 de novembro, enfrentando a repressão e truculência da Polícia Militar, e cercou a Assembleia Legislativa do RN evitando que houvesse sessão na casa e a consequente entrega de homenagem à Rogério Marinho.

A homenagem foi uma proposta do deputado Gustavo Carvalho (Patriota) e segundo o convite distribuído pela Assembleia e assinado pelo presidente da casa Ezequiel Neves (PSDB) visava homenagear o secretário especial da presidência “pelos serviços prestados ao Brasil”. Uma verdadeira afronta aos trabalhadores, uma vez que Rogério sequer conseguiu se reeleger pelo RN justamente por ter sido o relator da Reforma Trabalhista. Achando pouco as maldades feitas, ainda capitaneou o projeto de Reforma da previdência encaminhado por Jair Bolsonaro e aprovado pelo Congresso.

Os trabalhadores presentes fecharam as três entradas da assembleia impedindo o trânsito de deputados e funcionários. Por vezes os ânimos se exaltaram e, devido a truculência e despreparo da PM, que agrediu e usou gás de pimenta contra os presentes, os manifestantes reagiram com água e ovos.

Para o coordenador-geral do Sindicato dos Bancários, Eduardo Xavier, é uma afronta o que a casa legislativa tentou fazer nesta manhã. “A polícia vem aqui tratar a gente como bandidos, enquanto os bandidos estão aí dentro, o que deveria ser a casa do povo é uma casa de bandidos. Não vamos admitir que se homenageie o responsável por um dos maiores ataques aos trabalhadores dos últimos tempos”, afirmou.