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NOTA DOS SINDICATOS DOS BANCÁRIOS DE BAURU, DO MARANHÃO E DO RIO GRANDE DO NORTE REFERENTE NEGOCIAÇÃO COM A FENABAN SOBRE MP 905/19

27/11/19

Reconhecendo a força dos sindicatos de oposição, ontem, dia 26, pela primeira vez a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) recebeu representantes dos sindicatos dos bancários de Bauru e Região, do Maranhão e do Rio Grande do Norte para iniciar as negociações a respeito dos pontos da Medida Provisória nº 905/2019 que afetam a categoria.
Na reunião, os bancos prometeram respeitar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em vigor, que vence em 31 de agosto de 2020. Ou seja, garantem que até lá vão manter a atual jornada de trabalho de seis horas, que só haverá trabalho aos sábados em ocasiões extraordinárias (como já é hoje), e a manutenção dos sindicatos na negociação da PLR.
Também como consequência da negociação de ontem, o "Feirão" que previa a abertura das agências nos próximos dois finais de semana foi suspenso.
Entretanto, os banqueiros querem algumas contrapartidas:
- Que seja formalizado um aditivo à CCT para redigir novamente a Cláusula 11, que já determina a compensação das 7ª e 8ª horas obtidas judicialmente através dos valores pagos a título de gratificação de função;
- Que seja incluída uma cláusula que estabeleça que os sindicatos obrigatoriamente realizem uma mediação com a Fenaban antes de ajuizar qualquer ação coletiva.
A Fenaban tem convicção que a MP será aprovada pelo Congresso e falou abertamente que defende a sua aplicação integral, argumentando que haverá “isonomia” com outras categorias.
A luta dos bancários não pode aguardar a data-base, 1º de setembro do ano que vem! É preciso uma grande mobilização nacional imediata. Para isso, nós sindicatos de oposição/ Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), em conjunto com outras categorias, convoca para 5 de dezembro, um Dia de Lutas para derrotar a MP 905.
Tudo o que foi discutido ontem na Fenaban ainda será submetido às direções do Banco do Brasil e da Caixa, que, apesar de estarem presentes na mesa, não garantiram o “acordo”.
Repudiamos a tentativa de retirada de direitos históricos como a jornada de 6 horas e defendemos a realização de assembleia para ampla discussão com os bancários antes de assinar qualquer aditivo.