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Bancários discutem em plenária as consequências do aditivo referente a MP 905

20/12/19

Os bancários do RN se reuniram em plenária na noite desta quarta-feira, 18, para debater a assinatura do aditivo à CCT da categoria referente as mudanças oriundas da MP 905. O debate ocorreu com a presença do assessor jurídico do Sindicato Oderley Rezende e apontou para uma assembleia deliberativa em fevereiro, quando deve ser marcada uma data única com outros sindicatos que também ainda não assinaram o documento.
Ficou claro para todos os presentes que se trata de um grande golpe da Fenaban em parceria com a Contraf CUT. Retirar dos bancários o direito de questionar os bancos na Justiça beira o absurdo. Além disso tem a questão da validade do aditivo, maior que a CCT. Sendo finalizado em dezembro de 2020 não há perspectiva de que possa haver uma luta real contra as consequências desse acordo. Ainda não é possível prever as consequências da não assinatura do aditivo, mas é preciso avaliar com muita cautela para que uma decisão seja tomada. 
É importante destacar que, não apenas os sindicatos da FNOB não assinaram o acordo, outros da base da Contraf também não o fizeram, entretanto, por motivos diferentes. A Fenaban exige que os sindicatos retirem ações coletivas em andamento, por isso serão necessárias assembleias para autorizar.
A Contraf CUT está comemorando a perda de direitos da categoria. A própria Fenaban, disse em negociação com os sindicatos, que cerca de 300 mil bancários fazem jus as ações de 7ª e 8ª horas e que, cerca de 70% dos que entram na Justiça ganham as ações. O prejuízo para os trabalhadores pode ser ainda maior, uma vez que o aditivo prevê que a Fenaban deve autorizar a entrada de toda e qualquer ação individual contra os bancos, uma verdadeira amarra.