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Sindicato apoia chapas que defendem a CASSI Solidária

20/02/20

A CASSI irá realizar eleições no período de 16 a 27 de março para diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e membros dos Conselhos Fiscal e Deliberativo. Os eleitos terão mandatos de 1º de junho de 2020 a 31 de maio de 2024.

O Sindicato dos Bancários do RN apoia a Chapa 2 para Diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes (Fernando Amaral) e Conselho Deliberativo (Juliana Selbach, Aluísio Cuginotti, Cris Garbinatto e Denise de Paula); e a Chapa 77 para o Conselho Fiscal (Ricardo Soares, Martha Tramm, Gerson Vieira e Dielson Rodrigues).

As chapas são formadas por vários setores que defenderam o NÃO na mudança do Estatuto da Caixa de Assistência, pois sabemos que a quebra de solidariedade não resolve o problema e cria mais regalias para o Banco, em detrimento à saúde do trabalhador.

A CASSI foi criada há 76 anos para garantir o acesso a saúde ao conjunto dos funcionários, baseado no princípio segundo o qual todos pagam o quanto podem e utilizam conforme sua necessidade.

Os bancários do BB já demonstraram que estão dispostos a lutar em defesa desse patrimônio.  Em três consultas enfrentaram o terrorismo do Banco, sendo que em duas, além do Banco, tiveram que enfrentar as entidades, que se uniram aos patrões. As direções majoritárias da CONTRAF, ANABB e AAFBB, a partir da segunda consulta, defenderam a lógica do Banco e entraram na campanha de terror contra os associados.

O real interesse do BB na mudança do Estatuto, e que contou com a colaboração das entidades, é se desobrigar financeiramente com a CASSI, facilitando um processo futuro de privatização.  O Banco necessita mudar o caráter da CASSI, passando de um plano de benefício definido para outro em que não tenha obrigações futuras e que funcione dentro da lógica de um plano de mercado.

Segundo a própria CASSI, hoje seria necessário 14% da folha de pagamento do BB e da PREVI para suprir as necessidades da CASSI. Isto significa 5,6% para os funcionários e 8,4% para o BB, sem coparticipação e sem cobrança por dependente. E mesmo assim a CASSI seria um custo bem menor comparado com os gastos em saúde das demais empresas brasileiras.

Proposta para CASSI da Chapa 2.

•             Reestruturar a Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, transformando as gerências em unidades estratégicas, pois hoje são inteiramente operacionais;

•             Aperfeiçoar a assessoria ao participante, aumentando seu escopo de atuação e capacitando os funcionários responsáveis pelo processo de trabalho;

•             Aperfeiçoar o projeto Gestão das Internações Hospitalares (auditoria in loco) e Segurança do Paciente, fazendo um novo processo licitatório;

•             Implantar programa de remuneração dos prestadores de serviços baseada em valor, em substituição ao pagamento por serviço (fee-for-service), sem prejudicar o atendimento do associado;

•             Aperfeiçoar a Junta Médica ou Terceira Opinião, com agilidade e foco no associado;

•             Revisar o processo de autorização da Central de Atendimento visando agilizar o atendimento aos participantes e prestadores;

•             Implantar programa de cuidados pós-internações;

•             Aperfeiçoar a 3ª instância (recurso de associados para negativa de autorizações), dotando-a de mais agilidade, autonomia e alçada, e tentando evitar a judicialização, que traz um custo elevado para a Cassi;

•             Implantar programa integrado de relacionamento com os participantes;

•             Criar novas alternativas de receita em parceria com o BB e entidades, uma delas é exigir que sejam cobradas as contribuições para a CASSI, com a contrapartida do Banco, em demandas trabalhistas incidentes sobre verbas previstas nos artigos do estatuto que tratam sobre este assunto.

•             Disponibilizar medicamentos, especialmente para os pacientes crônicos, já que isso é fundamental para qualquer sistema de saúde aumentar sua efetividade. A CASSI, ao contrário, restringe a sua lista a algo em torno de 60 medicamentos, o que prejudica a gestão da população com condições crônicas, expondo-a a eventos evitáveis e internações desnecessárias;

•             Propor um programa específico de atendimento integral à saúde da mulher – principal vítima do assédio sexual e moral. Criar também projetos de identificação, acolhimento e apoio para as mulheres vítimas de violência doméstica;

 

Proposta para o Conselho Fiscal da Chapa 77

•             Atuar com independência em relação à Diretoria Executiva, ao Conselho Deliberativo e ao patrocinador, e dar transparência dos seus atos na função fiscalizadora, zelando pelo cumprimento do estatuto. Não aceitaremos qualquer cerceamento à atividade do Conselho Fiscal;

•             Acompanhar o cumprimento das obrigações legais e estatutárias por parte da gestão e assegurar que os direitos dos associados sejam atendidos. Todos os atos da Diretoria Executiva e do Conselho Deliberativo podem e devem ser analisados pelo Conselho Fiscal;

•             Adotar as melhores práticas de Governança Corporativa no exercício de suas funções, contribuindo para a melhoria dos controles instituídos para a elaboração das demonstrações contábeis e dos controles administrativos, mitigando riscos;

•             Buscar assessoria para tratar os assuntos especiais e sensíveis, bem como auditorias especiais para temas controversos e complexos;

•             Dar conhecimento aos órgãos reguladores e fiscalizadores e ao patrocinador dos assuntos que, no entendimento do Conselho Fiscal, não tenham solução interna ou contribuam para o não atendimento do objetivo institucional da Cassi e dos direitos dos associados.