No mesmo dia em que a ONU fala em uma “pandemia de proporções apocalípticas”, as Olimpíadas são adiadas e se junta a grandes eventos esportivos como a Fórmula 1 e a NBA. No mundo, 16,5 mil pessoas morreram e outras 382 mil contraíram o Covid-19. Só no Brasil já são 47 mortes e 2.271 casos. O presidente da república, Jair Bolsonaro, vai à rede de rádio e TV nacional fazer um desserviço à população e convocar todos a um suicídio em massa.
A OMS tem orientado que a única maneira de achatar a curva que pode impedir o colapso da saúde em todo o mundo é o isolamento social, mesmo assim, o presidente, de forma irresponsável e monstruosa, pede que a população brasileira retome suas atividades. Tudo em nome de uma economia que, em mais de um ano de medidas neoliberais, não deu sinal de recuperação.
Atacar a imprensa, que vem fazendo um trabalho essencial de divulgação de informações de combate à propagação do novo coronavírus, também tem sido uma arma asquerosa dele.
Bolsonaro vai na contramão dos líderes mundiais. Não protege seus cidadãos e desacredita a ciência e a medicina. Subestima o poder do vírus, desdenha da morte de idosos e ainda não apresenta um plano que possa sustentar a população, principalmente os trabalhadores do país. Pelo contrário, apresentou uma Medida Provisória cortando salários mediante corte de carga horária, e retirando direitos temporariamente.
Quando fala que as mortes só ocorrem entre idosos, como se isso fosse algo menor, ele demonstra o menosprezo pelos mais velhos. Ao criticar o fechamento de escolas por achar que a doença não atinge crianças, o pseudopresidente ignora os dados mundiais de que os pequenos são os principais vetores de contaminação dos próprios avós.
O presidente nunca agiu da forma que pede o cargo que ocupa. Continua jogando para a plateia, usando de ironia e piadas sem graça para se posicionar. Agora, agindo mais uma vez como um capacho de Donald Trump, um dos únicos no mundo com atitudes semelhantes, ele se supera. Nesse caso, é a vida de milhares de brasileiros que estão em jogo. É preciso que continuemos seguindo as orientações da OMS e pressionemos, o quanto antes, a interdição desse ser que coloca em risco toda a nação.
Bolsonaro já cometeu crime de responsabilidade, já desobedeceu a Constituição, entre outros absurdos. Chegou ao limite. Mais do que nunca, é Fora Bolsonaro!