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Bancários da Caixa na linha de frente

30/04/20

Os bancários da Caixa estão na linha de frente do enfrentamento à pandemia que assola o país. O Governo Bolsonaro concentrou o pagamento do auxílio emergencial nas agências da Caixa provocando aglomerações e filas intermináveis. São quase 50 milhões de pessoas que estão dentro dos critérios para receber e apenas 30% dos bancários de somente um banco para cumprir a tarefa nas agências.

O Sindicato dos Bancários do RN esclarece que já enviou ofício à Superintendência da Caixa solicitando algumas providências para diminuir os transtornos para os bancários, bem como enviou denúncia à vigilância sanitária devido à falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Para a Caixa foi sugerido que o superintendente  vá à imprensa para esclarecer e orientar a população; exigir que os 30% dos funcionários que estão nas agências não sejam cobrados para fazer negócios, e sim resolver os casos emergencias; pedir ajuda à guarda municipal para ajudar na organização das aglomerações; fazer uma triagem e distribuição de fichas e sugerir a emissão de cartões multifunções com fim de tirar o volume de gente das agências nos próximos meses.

Além de tudo isso, o Sindicato está tentando viabilizar uma reunião com o Ministério Público do Trabalho para tentar criar meios de diminuir os danos aos trabalhadores.

É necessário que se descentralize o pagamento do auxílio emergencial incluindo outros bancos estatais, como o Banco do Brasil que tem capilaridade e tecnologia, para diminuir filas e desafogar os funcionários da Caixa.

A humilhação a que estão sendo submetidas as pessoas que precisam do auxílio não podem ser descontados nos funcionários. O risco é constante. Já temos casos de Covid-19 entre bancários, situação que fez com que a agência tivesse que passar por descontaminação.  Menos uma agência para atender a população, mais risco para os funcionários.

Aproveitamos a oportunidade para reconhecer o papel desses profissionais que estão fazendo um esforço sobre-humano para socorrer os mais afetados.