BB: Expor nossas famílias NÃO!
22/07/20
Nesta terça-feira (21/07/2020) o Banco do Brasil em um comunicado enviado pela alta cúpula aos gestores e demais funcionários rasgou, literalmente, a autodeclaração de coabitação com pessoas do grupo de risco (que garante o afastamento – home office, enquanto perdurar o estado de emergência na saúde pública) e exigiu o retorno às atividades presenciais já na próxima semana, extrapolando todos os limites da sensatez.
O comunicado informa que a partir da próxima segunda-feira (27/07/2020) os funcionários que atestaram a autodeclaração de coabitação passarão a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais que NÃO pertencem ao grupo de risco. Sendo assim, todos que desempenham hoje suas funções remotamente, por coabitarem com pessoas do grupo de risco, deverão retornar às suas atividades presenciais.
O Banco do Brasil coloca a saúde de seus funcionários e familiares com comorbidades em um plano obscuro. Logo, durante o momento em que a pandemia da Covid-19 está fora de controle e atingindo seus picos mais altos de contágio e óbito, sem previsão alguma de melhoria no cenário.
O BB alegou diversas vezes que a experiência do home office foi bastante satisfatória: diminuição de custos e aumento de suas receitas foram algumas delas. Sendo assim, o que leva à adoção dessa decisão arbitrária, sem consulta ao seu quadro de funcionários e aos Sindicatos? O BB assumirá todo o ônus de expor os funcionário ao risco iminente de óbito dos familiares? Também assumirá custos de moradia para aqueles que não conseguem realizar o isolamento total em caso de contaminação? Quem tomará conta dos filhos desses colegas, uma vez que a volta às aulas continua suspensa?O banco, mais uma vez, coloca seus lucros acima da saúde dos funcionários e seus familiares, adotando a política genocida posta em prática pelo Governo Bolsonaro, de governadores e prefeitos que decidiram pela reabertura da economia neste momento de pico.
O Sindicato dos Bancários do RN exige que o Banco do Brasil reveja sua postura de convocar seus funcionários que coabitam com pessoas do grupo de risco ao retorno das atividades presenciais. Além disso, informa que adotará as medidas cabíveis para evitar que os colegas do Banco do Brasil sejam expostos a tais riscos.
Nenhum passo para trás!