> > >28 de setembro é o Dia Latino Americano e Caribenho de Luta Pela Descriminalização do Aborto. A América Latina é uma das partes do mundo com maior número de abortos e com uma das legislações mais retrógradas em relação aos corpos das mulheres.> >O Brasil, que vem enfrentando inúmeros retrocessos através de um governo pautado por religião e militarização como o de Bolsonaro e Mourão, vem dando passos largos para trás, criminalizando ainda mais o já tênue direito ao aborto no país.> >A interrupção da gravidez de uma criança de 10 anos no Espírito Santo, criança que foi estuprada desde os 6 anos por um parente, culminou com a publicação da Portaria 2.282/2020 pelo Ministério da Saúde como uma tentativa do Governo de proibir que outros casos na mesma situação (ou em qualquer outra) resultassem em aborto. Na prática, seria o fim da possibilidade de realizar aborto em todos os casos.> >De acordo com a Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) 2016, quase 1 em cada 5 brasileiras, aos 40 anos já realizou, pelo menos, um abortamento. Segundo o próprio Ministério da Saúde, cerca de 1 milhão de brasileiras recorrem a abortos clandestinos todos os anos, sendo que 8 a cada 10 mulheres estão em condições de maior vulnerabilidade, ou seja, são trabalhadoras, na maioria dos casos negras e dependentes financeiramente do companheiro ou da família.> >Enquanto as mulheres ricas vão para fora do país realizar aborto onde é legalizado, em clínicas de luxo, as mulheres trabalhadoras sofrem com aborto clandestino, muitas morrem ou ficam com sequelas.> >A luta pela descriminalização do aborto é uma questão de saúde pública. Defender que a mulher tenha direito a interromper uma gravidez não desejada é defender a vida. E defender a vida das mulheres trabalhadoras no Brasil.> >#EducaçãoSexualParaPrevinir> >#ContraceptivosParaNãoEngravidar>!> >#AbortoLegalSeguroeGratuitoParaNãoMorrer>!> >PELA REVOGAÇÃO IMEDITADA DA PORTARIA 2.282/2020!