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O Banco Continua Totalitário na Gestão da Cassi

27/04/10

TRANSCORREU DE 1º A 9 DE ABRIL O PROCESSO ELEITORAL PARA RENOVAÇÃO DE PARTE DA DIRETORIA EXECUTIVA E DOS CONSELHOS DELIBERATIVO E FISCAL DA CASSI.

 

Asituação representada pela Chapa 1 - Unidos pela Cassi, da ANABB, apoiada pela Contraf-CUT, pela AAFBB e interessante para o Banco, recebeu 54,19% dos votos, contra 45,81% da Chapa 3 - Uma Nova Cassi, apoiada pelo nosso Sindicato e pelo MNOB/Conlutas.

 

Mesmo sem recursos, mas com muita disposição e debate, a Chapa 3 obteve uma grande votação em todo o Brasil. Prova de que há uma enorme insatisfação com a situação da Cassi, gerenciada totalitariamente pelo Banco, tendo em vista que os nossos representantes eleitos vêm recorrente-mente acatando, defendendo e deliberando propostas de interesse do Patrocinador, que quer se desonerar cada vez mais de suas obrigações com a saúde dos seus empregados.

 

Montada numa megaestrutura da ANABB, Contraf-CUT e AAFBB, a Chapa 1 foi rejeitada pelos funcio-nários da ativa (Chapa 3 - Uma Nova Cassi: 40,21% contra 36,21% da Chapa da situação). Encabeçada pela ex-superintendente Graça Machado, uma “guerreira” defensora dos interesses financeiros do Banco do Brasil, negociou um aporte (na verdade uma dívida) de apenas R$ 300 milhões de um total bem superior que o Banco devia à Cassi até 2007. Isto, referente aos dependentes indiretos e contribuições dos colegas pós-98, em desacordo com o estatuto; coautora da última reforma estatutária que nos impôs a coparticipação, sem a contrapartida que seria a implantação do Plano Odontológico, argumentando inclusive “que a bola agora está com os sindicatos”, fugindo de suas atribuições como representante eleita dos associados.

 

Isso demonstra que onde há a discussão séria e verdadeira as pessoas tentam conscientemente descartar pseudolideranças que estão a serviço de propostas alheias às demandas dos associados da Cassi.

 

Estranhamente, os aposentados, segmento que mais demanda por uma instituição forte para atender às suas necessidades - naturalmente maiores –, elegeram a Chapa da situação para representá-los e gerenciar os destinos da Cassi por mais 4 anos. Vale lembrar que esse mesmo grupo vem se revezando há várias gestões na direção e conselhos da Caixa de Assistência, constituindo-se naquilo que se convencionou chamar de dança das cadeiras e que, em 2007, a própria diretora agora reeleita viajou o país defendendo aquela reforma como salvação da Cassi.

 

Além disso, já há especulações de que, num horizonte de 2 anos, o associado será vítima de nova debilidade da Instituição. Se isso ocorrer, alguém tem dúvida de quem será convocado para sanar a situação? Será se os nossos eleitos vão defender a nossa Caixa de Assistência ou os interesses econômicos do Banco, que quer transformá-la em plano de saúde?

 

O Atendimento da Cassi, como se sabe, está longe do que o associado necessita – o ressarcimento é moroso, negativas de procedimentos, descre-denciamento de bons profissionais, ou seja, bem diferente da “salvação vendida” em 2007. Os aposentados conhecem bem esse drama.

 

O fato é que esse grupo, liderado pela ANABB, se propôs a defender os interesses da Cassi na Direção e nos Conselhos. Resta aos associados – da ativa e aposentados – cobrar esse compromisso, movimentando inclu-sive as bases quando necessário, pois a diretora e os conselheiros ora eleitos não têm o perfil de lutar contra o Patrocinador.

 

O Sindicato dos Bancários agradece aos associados do RN os mais de 80% dos votos válidos confiados à Chapa 3, que tinha como nosso representante o Diretor o Monteiro.