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Banco do Nordeste é condenado pagar R$ 50 mil por assédio moral

29/10/20

A juiza do trabalho, RACHEL VILAR DE OLIVEIRA VILLARIM, titular da Vara de Caicó, condenou o Banco do Nordeste por assédio moral. A ação foi movida por um funcionário do Banco após ser descomissionado mesmo após reiteradas reclamações junto ao banco do assédio moral e perseguição a que era submetido. O assediador, o gerente José Otílio Bezerra Neto, não figura como réu na ação.
A decisão da juiza baseou-se nos documentos apresentados e também na oitiva de testemunhas que relataram o quanto o gestor cria um ambiente insalubre de trabalho, pressiona de forma agressiva, ameaça os subordinados e cria um ambiente de pânico entre os funcionários da agência.
"Assim sendo, por restar categoricamente demonstrada a prática de assédio moral por parte do gerente da agência do Banco do Nordeste de Caicó-RN em desfavor do reclamante, e ante a caracterização de todo um reprovável quadro de negligência por parte da entidade bancária demandada, ao ser conhecedora de diversas queixas contra o assediante, sem adotar nenhuma medida eficaz para que o encerramento de tal prática, tão nefasta para a saúde física e mental de seus empregados, e levando em consideração a intensidade do abalo emocional sofrido pelo reclamante, a dimensão dos prejuízos suportados pela vítima, os bens jurídicos protegidos (integridade física e psíquica do trabalhador), a gravidade da omissão do reclamado em relação à produção do evento danoso, a capacidade econômica deste, o sentido pedagógico e compensatório da medida, e, ainda, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, julgo procedente o pedido de reparação indenizatória por danos morais no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)."
O histórico do "coronel do BNB", como é conhecido o senhor Odílio, é dos piores. Seus subordinados estão submetidos a uma alta carga de estresse, gritos, ameaças e falta de educação.  O assediador não tira sequer os óculos escuros só entrar na agência, espalhando soberba e arrogância. Ele ainda persegue até mesmo os vigilantes da agência,  que já reclamaram junto ao seu sindicato sobre a situação insustentável.