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Política de segurança do BB expõe bancários a riscos extremos

22/03/21

 
 
O Banco do Brasil tem adotado uma política completamente ineficaz na segurança em saúde de seus funcionários em meio à pandemia. É a demora da liberação dos contaminados, manutenção das equipes que entram em contato com os doentes, limpeza superficial dos locais de trabalho e não fechamento de agências em casos extremos.
O mais emblemático ocorreu em Ceará-Mirim, na primeira quinzena de março, quando 11 funcionarios (dos 18 da agência) testaram positivo. Isso depois de uma sequência de negligências e descasos dos gestores da agência. Um dos vigilantes chegou a trabalhar adoecido, o gerente-geral andou pela agência sem máscara, já apresentando sintomas, a agência foi sanitizada e manteve-se aberta enquanto havia funcionários para atender. Desde a primeira denúncia que o Sindicato recebeu, contactou o gerente geral, Paulo Gurgel, e também o regional substituto Igor Daniel Silva de Abreu.
Este, por sinal, é gerente geral de outra agência que também vem enfrentando uma sequência de casos de "positivados": Parnamirim. Lá já são cinco casos confirmados e nenhum posicionamento do Banco.
Esses casos são os mais absurdos em forma numérica, mas dia após dia, recebemos inúmeras denúncias do desdém com que os bancos vêm tratando seus funcionários e descartando os protocolos de segurança da OMS. Quando as medidas não são tomadas no momento certo, visando minimizar os efeitos que pode causar, muitas vezes as consequências podem ser as piores, como óbito de colegas que já noticiamos.
Não podemos esquecer que a situação é calamitosa por todo o país. As novas cepas estão com carga viral mais forte e não escolhendo mais o grupo de risco. A saúde está colapsada em boa parte do estado e temos notícias de falta de oxigênio e insumos para o tratamento dos pacientes. Nem mesmo a situação de lockdownd decretada pelo município de Ceará Mirim fez o banco tomar atitudes mais drásticas. O fato das agência bancárias serem consideradas atividades essenciais, não deve fazê-las mais essenciais do que a vida das pessoas.