A atual situação de revoltas na Grécia é conseqüência de uma crise econômica que parece não ter fim. Essa tal crise, que se alastra pela Europa e outros continentes, desmente o discurso da burguesia de que a crise do capitalismo tinha passado. Não passou. Apenas jogaram a conta dos prejuízos para os trabalhadores.
No Brasil não é diferente. O resultado da crise fez os governos Federal, estaduais e municipais, a exemplo de Lula, Iberê (RN) e Micarla (Natal) reforçarem a política de retirada de direitos e arrocho salarial. Com a justificativa de proteger as finanças públicas, esses governos aumentam ainda mais o lucro dos patrões à custa da exploração dos trabalhadores.
Por essas e outras, a classe trabalhadora mundial, assim como no Brasil, vai à luta. Um grande exemplo são os servidores federais, que reagiram aos ataques do governo Lula e decidiram brigar em defesa de serviços de qualidade e valorização profissional, como no caso dos planos de carreira. Incomodado com a força das greves Lula já decretou o corte de ponto dos grevistas. Além disso, solicitou a justiça a ilegalidade das greves. Na terça (11/4) o ministro do Planejamento informou à imprensa que não haverá nenhum reajuste de salário este ano. Enquanto isso o governo já garantiu US$ 286 milhões para ajudar a conter a crise na Grécia.
Os servidores federais lutam contra o PLP 549, que congela salários e investimentos no serviço público por dez anos; o PLP 248, que poderá demitir o servidor por insuficiência de desempenho; além disso, todos os acordos foram descumpridos e em diversos órgãos os trabalhadores continuam sem Plano de Carreira.
Se você também está indignado com tanta desigualdade social, participe do ATO EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E DOS SERVIDORES - 14 de maio, 15h no Calçadão da João Pessoa (Em frente à C&A)