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Anuário Estatístico do ILAESE detalha a exploração dos trabalhadores no Brasil

26/11/21

O Sindicato dos Bancários do RN adquiriu cem exemplares do Anuário Estatístico do Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE) e está distribuindo nas agências entre dirigentes e delegados sindicais. O anuário tem por objetivo apresentar a análise dos dados econômicos subsidiando as entidades de classe na intervenção política.
São quase duzentas páginas com números, textos e gráficos que buscam desemaranhar um amontoado de informações sobre o Sistema e suas formas de opressão. Segundo a própria obra, “não é possível regular o capitalismo. Ou seguimos os seus movimentos destrutivos ou destruímos o próprio capitalismo”. Para superar uma sociedade com tamanho grau de exploração, somente compreendendo sua estrutura.
O anuário traz uma análise da taxa de exploração dos trabalhadores brasileiros obtida pela divisão da riqueza produzida pela empresa entre os proprietários e os trabalhadores. O ranking da exploração do setor bancário é feito em separado, pois não há uma correlação direta entre o excedente produzido pelos bancos e o tempo de trabalho do trabalhador bancário, dado que, nesse caso, o excedente é medido, ao menos em parte , pelos juros, pois os bancos também oferecem serviços. Entre os maiores exploradores que atuam no RN destacamos o Mercantil em 3º lugar, Santander em 8º, Itaú em 9º e Bradesco em 14º.
É importante destacar que pelo menos quatro bancos figuram entre as empresas que produziram maior desemprego entre seus trabalhadores. Banco do Brasil que fechou 17.498 postos de trabalho entre 2015 e 2020 ficou em sétimo lugar; Caixa Econômica Federal, que reduziu 15.513 empregos no mesmo período, ficando em oitavo; Santander fechou 11.493 postos de trabalho, ocupando o décimo -primeiro lugar no ranking; e Bradesco, que fechou 2.113 vagas, ocupando o trigésimo primeiro lugar.
O ILAESE é um instituto de formação de lideranças operárias e sindicais com mais de 15 anos de história, que busca contribuir com os sindicatos e as organizações sociais a se converterem em alavancas para a transformação social, utilizando a ciência como uma das armas a serviço dos trabalhadores.