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O Conselho de Administração da Caixa não tem espaço para o trabalhador bancário

15/02/22

De 14 a 17/2 ocorre a eleição para a/o representante dos bancários da Caixa no Conselho de Administração do banco. Infelizmente, porém, ganhe quem ganhar nada vai mudar. Por isso, o SEEB/RN não tem candidato nem apoia nenhum deles nesta eleição. O CA é composto por 8 integrantes, sendo que 7 deles (incluindo o presidente) são nomeados por Bolsonaro. Diferente dos conselhos e diretorias da Funcef, por exemplo, que são paritários (apesar do voto de minerva em algumas situações, o que lutamos contra), o CA da Caixa tem um eleito pelos trabalhadores numa função meramente decorativa, sem nenhum papel ou espaço de resistência.

                Não bastasse ser, na melhor das hipóteses, 1 contra 7, numa “democracia” de araque, em que o eleito serve apenas para legitimar todos os ataques que os empregados sofrem, o regimento do CA impede que o diretor eleito sequer participe de qualquer debate que interesse diretamente aos bancários. O eleito não tem nem voto e nem sequer participa de qualquer discussão sobre reajuste salarial, plano de cargos e salários, previdência ou direitos trabalhistas. Ou seja, além de decorativo, é um diretor de 2ª categoria, menor do que os demais e excluído de tudo em que sua presença ainda poderia ser importante.

                Nesta eleição, estão concorrendo a atual diretora eleita, Rita Serrano, que faz parte dos mesmos grupos que estiveram à frente dos rombos da Funcef quando eram deles os diretores eleitos, e da Contraf/CUT, que, em toda a campanha salarial, entrega nossos direitos, assina embaixo dos aumentos absurdos no Saúde Caixa, etc. Não poderíamos nunca concordar com sua reeleição. Mas os demais candidatos ou não são conhecidos por sua luta e compromisso na defesa dos interesses dos trabalhadores ou também são parte da estrutura da Contraf/CUT e dos seus fóruns, mesmo quem se apresenta como oposição.

                Entendemos que a estrutura da direção da Caixa deve ser compartilhada efetivamente com os trabalhadores, com diretorias paritárias e sem voto de minerva, com os representantes eleitos podendo e devendo ser parte de todas as discussões e deliberações, além de ser democratizada a inscrição de candidatos para todos os empregados que assim o desejarem. Não vimos nenhum candidato defender estas propostas. Por tudo isso, para o CA da Caixa, não temos candidatos e a defesa da Caixa sempre passou e sempre passará pela mobilização dos próprios trabalhadores e de suas entidades de luta.