Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil garantem aumento na fila do desemprego e nas agências bancárias
Entre março de 2021 e março de 2022, o Itaú Unibanco, Bradesco e Santander (os três maiores bancos privados do país), e mais o Banco do Brasil fecharam mais de mil agências físicas com a desculpa de estarem apostando no atendimento virtual, mascarado de modernidade e praticidade.
De acordo com Eduardo Xavier, Coordenador Geral do SEEB-RN, como se não bastassem as demissões em massa de bancário(as), quem continua trabalhando nos bancos está sobrecarregado e não consegue atender à demanda crescente e ainda sofre com o aumento da pressão e do assédio moral por metas descabidas. Com um atendimento cada vez mais precário e mais tempo nas filas, os clientes e usuários também pagam caro pela absoluta falta de compromisso social do setor financeiro. “Além dos(as) colegas bancários(as) que perderam seus postos de trabalho, quem também sofre são os idosos e os mais pobres que amargam longas horas de espera por um simples atendimento bancário”, reforça.
Segundo dados do Banco Central, a rede de agências bancárias está diminuindo no Brasil desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia de COVID-19. Foram 1.334 de março a dezembro de 2020.
Por outro lado, as três maiores instituições financeiras privadas do país lucraram juntas, R$ 18,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Somados aos R$ 6,6 bilhões do Banco do Brasil – que é público, mas de capital aberto – os ganhos do período saltam para R$ 24,7 bilhões.
“Isso é a prova de que quando se tem um governo submisso aos grandes empresários e com total desprezo aos trabalhadores e ao povo brasileiro, a exploração é ainda maior”, finaliza Eduardo Xavier.