Na mesma semana em que uma criança de 11 anos engravidou de um estupro e foi condenada por grande parte da sociedade que desejava que ela mantivesse a gestação até a entrega do bebê para a adoção, a atriz Klara Castanho (21 anos) passou pela mesma dolorosa e violenta situação: uma gravidez após estupro. Como se não bastasse, está sendo “condenada” por ter entregue a criança para a adoção [legal].
A atriz foi exposta nas redes sociais pela pseudoblogueira Antonia Fontenelle, que se apresenta em sua rede social como pré-candidata a deputada federal pelo partido Republicanos, e uma vez conquistando uma cadeira no parlamento será mais uma voz antifeminista e opressora dos direitos femininos.
Essas duas situações retratadas acima são recortes fieis da mesma sociedade machista, fomentada no projeto conservador do presidente atual, liderado pela Damares. Essa mesma sociedade busca a todo custo culpar a mulher: se ela é estuprada, se engravida, se aborta, se doa o bebê, se morre...
Todos nós do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte (SEEB-RN) repudiamos qualquer tentativa de tirar o direito das mulheres de decidirem sobre seu corpo. Reforçamos que crime é obrigar uma mulher a ter um filho sem seu consentimento. Criminalizar as mulheres é negar os seus direitos fundamentais, como os sexuais e reprodutivos, sua autonomia, integridade física e psíquica.
Nossa solidariedade a todas as mulheres que precisam justificar as ações que fazem com o seu próprio corpo. Precisamos abraçar essa pauta como parte da construção de um projeto de vida para as mulheres!