Dando continuidade às ações da Campanha Salarial, além das visitas às agências bancárias, delegados sindicais e dirigentes participaram de seminário sobre sistema financeiro
Desde a entrega da minuta à FENABAN com as reivindicações da Campanha Salarial 2022-2023, no início de julho, diretoria do SEEB-RN segue em visita às agências bancárias dialogando com bancários(as) e reforçando as pautas destacadas nos documentos disponíveis no site bancariosrn.com.br.
“Durante esses encontros com colegas de trabalho, reforçamos a importância da participação da categoria na luta pela garantia das reinvindicações. Não é só por aumento de salário, é também por direitos e condições dignas de trabalho. Também não podemos nos esquecer do desmonte trabalhista que o governo Bolsonaro promove desde o início da sua gestão. Nossa luta é pela defesa do trabalho e do(a) trabalhador(a)”, destaca Eduardo Xavier, Diretor-Geral do SEEB-RN.
Perdas salariais acumuladas
O SEEB-RN reuniu no último dia 15 de julho, delegados sindicais e dirigentes no seminário sobre Sistema Financeiro e a Campanha Salarial dos Bancários do RN, ministrado por Gustavo Machado, Coordenador Nacional do ILAESE – Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos, órgão de formação e pesquisa voltado para lideranças operárias e sindicais.
Os dados apresentados referentes a perdas salariais acumuladas, embora não surpreendentes, são preocupantes. Em 2006, a remuneração média equivalia a aproximadamente 9,85 salários-mínimos. Houve uma queda superior a 2 salários-mínimos desde então, terminando o ano de 2020 com uma remuneração média de 7.76 salários-mínimos.
Existe ainda uma discrepância regional. A remuneração média no Rio Grande do Norte em salários-mínimos é inferior à média nacional.
As perdas salariais acumuladas no período, como indicado, foi de 11,81%. No Rio Grande do Norte, em particular, as perdas foram de 4,17%, considerando o período entre 2015 e 2020.
Enquanto isso, ainda de acordo com a pesquisa, o lucro líquido consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander) no ano de 2021 foi de R$ 81,63 bilhões, que é o maior lucro nominal já registrado desde 2006 por esses bancos, número que ultrapassa o recorde anterior no ano de 2019, quando o lucro consolidado foi de R$ 81,50 bilhões. Após uma queda verificada em 2020, a pandemia resultou em um ano de ouro para os bancos. Diante da pandemia, as empresas recorreram em dose redobrada aos bancos que, além do mais, se beneficiaram da disparada da taxa de juros estipulada pela SELIC.
