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Bancários do Banpará conquistam 13% de reajuste salarial e 20% sobre vales, enquanto a Contraf/CUT ainda não tem qualquer proposta e se recusa a falar em greve!

24/08/22

Falta apenas uma semana para acabar o Acordo Coletivo dos bancários, e a negociação da Fenaban com a Contraf/CUT segue sem nenhuma proposta que possa sequer ser levada em consideração. Já passou da hora de deflagramos uma greve, para arrancar uma proposta de verdade, com reajuste acima da inflação, contratação de mais bancários e ampliação dos direitos! Um acordo igual ao do Banpará é o mínimo que se pode exigir.
 
O acordo dos bancários do Banpará prevê reajuste de 13% nos salários e de 20% no VR e no VA. O VR passará a ter o valor de R$ 1.347,06 de (R$ 61,23/dia por 22dias) e o VA será de R$ 992,62, com um total de R$ 2.339,68, quase os dois salários mínimos que reivindicamos. Ainda haverá reajuste de 10,9% no piso, parcialmente cumulativo com o reajuste de 13%, podendo haver salários com aumento em torno de 20%. Também será paga uma PLR “social” de 5% do lucro líquido, distribuído sem limite de valor a todos os empregados, sendo superior até mesmo à PLR “social” da Caixa, de 4% do LL, mas com limitações de teto. O acordo também garante Vale Cultura e Abono atividade física no valor de R$ 213,80, além de implementação da licença prêmio de 65 dias a cada 5 anos de trabalho (quinquênio) e folga para todo empregado no dia do seu aniversário . Foram mantidas cláusulas como o parcelamento do adiantamento de férias em 10x e a garantia da incorporação de gratificação de  função após 10 anos de exercício. E, no caso do acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ser melhor, o Banpará aplicará o que for mais vantajoso aos trabalhadores.
 
Este acordo criou uma saia justa para a Contraf/CUT, que está negociando há 2 meses sem ter nenhuma proposta decente. Considerando a deflação nas últimas semanas do ACT, a fórmula da burocracia sindical de “inflação + 5%” é capaz de ficar abaixo dos 13% já conquistados pelo Banpará. Ironicamente, a Contraf pede menos que os bancários do Banpará já ganharam.
 
Uma das razões do Banpará ter aceitado estes reajustes é a proximidade da campanha eleitoral, e o desejo do governador Helder Barbalho ganhar a reeleição. Este mesmo cenário acontece em âmbito nacional e os bancários poderiam aproveitar o desespero de Bolsonaro, atrás nas pesquisas de intenção de voto e distribuindo auxílios para várias categorias, para tentar obter reajustes maiores. Mas nem esta situação a Contraf aproveita.
 
Nós, dos sindicatos e oposições ligados à FNOB, exigimos que os bancários possam ser ouvidos e que ocorram assembleias presenciais imediatamente em todo o país. Chega de negociações secretas e sem transparência, enquanto nosso tempo se esgota! A saída para conquistar nossas demandas é a Greve já!