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Não vamos aceitar perdas. Greve já!

31/08/22

Contraf CUT e Contec tratoram e indicam aprovação de acordo com perdas salariais para bancários

Encenação foi levada até minutos finais para impedir uma rebelião na base

Que os banqueiros e o Governo Bolsonaro fossem apresentar uma proposta rebaixada para os bancários, até seria de se esperar, mas daí acreditar que o comando nacional formado por Contraf CUT e Contec fossem passar por cima das bases e usar de assembleia plebiscitárias para evitar os debates das bases, já foi um golpe baixo demais.
 
Somente no segundo trimestre de 2022 os bancos tiveram um aumento de mais de 20% em seus lucros, e tiveram a cara de pau de apresentar uma proposta de 8% de reajuste salarial, menos do que a inflação oficial (e irreal) do período. Além disso, oferecem um reajuste dos vales muito inferior à inflação dos alimentos, um verdadeiro escárnio.
 
Para disfarçar a ultrajante proposta, oferecem INPC na PLR e uma 14ª cesta alimentação, além de amarrar a categoria em um acordo bianual com 0,5% acima do INPC em 2023.
 
Sabemos que os acordos são feitos na surdina para que não possamos identificar as pegadinhas que ali se encontram. Foi dessa maneira que a Contraf conseguiu manter uma taxa assistencial maior do que era descontado com o imposto sindical, abocanhando inclusive parte da PLR. Foi assim que a categoria perdeu 7ª e 8ª hora, incorporação de função após 10 anos e periga perder a folga no sábado.
 
A maldade dos patrões já é esperada, mas não podemos admitir tamanha traição de companheiros que foram eleitos para representar toda uma categoria e agora ficam presos as amarras da burocracia sindical e viram às costas para bancários e suas famílias.