Durante a manifestação anti-democrática que vem ocorrendo há mais de uma semana em frente ao 16º RI, em Natal, vários vídeos foram gravados mostrando a falta de lucidez e absurdos proferidos pelos manifestantes, mas nenhum causou tanta indignação do que a polícia protegendo os baderneiros e parando trabalhador em via pública.

O caso ocorreu na tarde de sábado, 05, quando um motorista de Uber e a passageira que estava com ele proferiram algumas brincadeiras pela janela do carro ao passar no protesto, oferecendo um balde aos golpistas: “o choro é livre”, fizeram chacota. A Polícia Militar, que no Rio Grande do Norte, tem por chefe a Governadora Fátima Bezerra, do PT, parou o veículo e fez um “baculejo” nos passageiros, deixando apenas uma criança de 10 anos, no interior do veículo.

Segundo reportagem da agência Saiba Mais, após encontrarem um dichavador e papeis de seda no porta-malas do veículo, os polícias militares compartilharam a foto do documento do motorista, que é negro, em grupos de whatsapp como se fosse um marginal. O motorista, que já excluiu suas redes sociais por medo de represálias, alega que não consegue trabalhar há dois dias porque não sabe o que pode acontecer, nem até onde sua foto pode ter chegado, nem em que contexto.

Ao procurar a delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência sobre o caso, o trabalhador teve seu direito negado pelos policiais. Enquanto isso, a PM diz que apura o fato administrativamente e a Governadora finge que nada de anormal acontece. Não podemos aceitar que bandidos travestidos de policiais retirem o direito do trabalhador sobreviver. Sabemos que se fossem manifestações de estudantes e/ou trabalhadores por garantias constitucionais, a “manifestação” já haveria sido dispersada há muito tempo a base de gás de pimenta e bala de borracha.