Na sexta-feira, 17 de março, em meio ao caos da segurança pública com atentados provocados pelas facções criminosas por todo o RN, o governo estadual marcou uma reunião com centrais sindicais e sindicatos, em tese, para dar esclarecimentos sobre o combate às ações criminosas e para ouvir as entidades representativas da classe trabalhadora. No entanto, a reunião não passou de propaganda do governo e foi praticamente um monólogo com o intuito de cooptar as entidades para cumprirem o papel de defensoras do governo do PT.

Entre as pouquíssimas entidades que puderam falar, apenas os representantes da CSP-Conlutas e do SEEB-RN realmente denunciaram o papel do governo do estado em ter permitido que a situação carcerária e do crescimento das facções tivesse chegado ao ponto em que estamos hoje. Somente estas falas exigiram medidas concretas do governo e o responsabilizaram pela incapacidade de conter a onda de violência, também refutando o papel de correia de transmissão e de “difundir uma narrativa única conjunta com o governo”, como pediam deputados e representantes do governo Fátima.

Ela mesmo só chegou ao final da reunião, acompanhada do oligarca Walter Alves, para repetir a versão fantasiosa que deputados do PT e funcionários de segundo escalão já vinham insistindo: de que as ações são tentativas da oposição de dar um golpe contra seu governo, e que eles têm tudo sobre controle. 

Nós seguimos na luta em defesa da segurança e condições de trabalho nos bancos e para o conjunto da população. Que haja medidas emergenciais e de médio e longo prazo para humanizar as cadeias e de respeito aos direitos humanos. Bem como haja medidas eficientes de combate à criminalidade, e garantia de segurança aos trabalhadores.