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CSP-Conlutas faz avaliação dos 100 dias do governo Lula

12/04/23

Segundo pesquisa Datafolha, o terceiro mandato do petista inicia com aprovação de 38% da população contra 29% de reprovação. Mais da metade dos entrevistados (51%) afirmaram que Lula fez menos do que o esperado.

No  O governo tomou medidas que, no aspecto das liberdades democráticas, de direitos humanos e políticas sociais, buscaram se contrapor ao legado bolsonarista. Foi o caso da intervenção do governo no caso dos indígenas yanomamis, se contrapondo ao etnocídio praticado por Bolsonaro; assim como a criação ou recriação de ministérios e órgãos, como de Direitos Humanos, Racial, Funai, Cultura, entre outras iniciativas, combinado à reação aos atos golpistas de 8 de janeiro.  Frente à destruição promovida por Bolsonaro nos últimos anos, essas medidas, mesmo limitadas, permitiram um fortalecimento conjuntural ao governo junto aos movimentos.

A conivência com processos de privatizações, como no caso do Metrô de Belo Horizonte (MG) e, principalmente, a posição política de negar a revogação completa das reformas Trabalhista, Previdenciária e do Ensino Médio, e o novo arcabouço fiscal - que mantém a lógica de colocar o Orçamento do país a serviço da garantia do superávit primário e da Dívida Pública-, são outros fatos que mostram que os interesses da burguesia seguem se sobrepondo às reivindicações da nossa classe.

Ao analisar as primeiras medidas do terceiro mandato de Lula, a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, em reunião realizada no mês passado, avaliou que já se verificam muitos limites na política do novo governo e o não atendimento de necessidades imediatas da classe trabalhadora.

A Coordenação da Central também avaliou que já se percebe lamentavelmente um movimento de atrelamento da quase totalidade das direções e organizações do movimento de massa ao governo e, desde já, uma evidente postura de “trégua” ou mesmo de contenção direta das possibilidades de processos de mobilização.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil