Bancários apoiam trabalhadores em luta
20/03/24
Os bancários do RN estiveram presentes nas assembleias dos servidores públicos federais em educação e dos servidores estaduais da saúde. Ambas as categorias lutam contra governos que se dizem “dos trabalhadores”, mas cedem aos interesses do mercado oferecendo reajuste zero e falta de diálogo.
Os servidores públicos federais em educação iniciaram a greve em 11 de março com apoio unânime da assembleia. Momento em que o SEEB-RN se fez presente. O coordenador-geral da Entidade, Eduardo Xavier, chamou os trabalhadores para a luta e ofereceu o apoio dos bancários. “O dinheiro o Governo usa para pagar juros da dívida, para o trabalhador, só com muita luta”, lembrou. Na assembleia desta quarta-feira, 20, mais de 400 servidores se reuniram no prédio da reitoria da UFRN e fortaleceram ainda mais o movimento grevista.
Eles também avaliaram a possibilidade de tirar a TV Universitária do ar, com o intuito de chamar a atenção da sociedade para o movimento.
Já os servidores da saúde debatiam duas pautas: a aposentadoria compulsória dos servidores pré-88 e um indicativo de greve para a saúde estadual, uma vez que o estado vem empurrando com a barriga as reivindicações através de uma mesa de negociação que não atende à categoria.
A coordenadora do Sindsaúde, Rosália Fernandes lembrou inclusive, que esses servidores que adentraram ao serviço público pré-88, sem o devido concurso ainda era uma herança da ditadura militar que dissolveu o Estado brasileiro e criou os famosos “trenzinhos da alegria”.
O diretor financeiro do SEEB-RN, Alexandre Cândido, falou a respeito da construção de atividades em memória do golpe de 64, movimento que inclui a CSP-Conlutas e visa não deixar a data passar em branco, pois estamos vendo claramente o governo querer empurrar o problema pra debaixo do tapete. “Esse auditório em que vocês estão aqui é dos trabalhadores e em memória de José Campelo Filho, bancário que lutou contra a ditadura. E é só assim com os trabalhadores lado a lado que podemos enfrentar essa luta de classes. Ditadura nunca mais!” frisou.