Na manhã da terça-feira, 22 de julho de 2025, o Sindicato dos Bancários do RN (SEEB-RN), a AEAP-RN, a AGECEF e a APCEF realizaram uma importante reunião com o superintendente da Caixa Econômica no RN. O encontro teve como pauta central a grave falta de profissionais da área de urologia credenciados ao Saúde Caixa na região, situação que afeta diretamente milhares de trabalhadores da ativa e aposentados da Caixa Econômica Federal.
Durante a reunião, foi entregue uma carta conjunta — elaborada por SEEB-RN e AEAP-RN, com o apoio das demais entidades — exigindo providências imediatas para restabelecer o atendimento urológico pelo plano de saúde. A especialidade está sem cobertura desde junho de 2023, quando Urocentro encerrou suas atividades e passou a atuar como cooperativa, a UROCOOP. Desde então, o sindicato tenta mediar um acordo entre a cooperativa e o Saúde Caixa, para que esta especialidade volte a ser fornecida pelo plano.
A ausência de urologistas credenciados obriga os beneficiários a pagarem consultas particulares, que variam entre R$ 300,00 e R$ 700,00, enquanto o reembolso oferecido pelo plano é de apenas R$ 270,00. Isso sem considerar as dificuldades enfrentadas por aposentados para lidar com a burocracia digital exigida para autorização e ressarcimento, além do risco real à saúde por diagnósticos e tratamentos adiados.
Além da urologia, também há carência de cirurgiões cardíacos e torácicos. No entanto, diante da urgência, a reunião concentrou esforços na questão urológica.
“Estamos lidando com uma falha grave de gestão da Caixa, que compromete a saúde e a vida de seus empregados e aposentados. Já se passou mais de um ano sem cobertura na área de urologia, e isso é inaceitável”, destacou a dirigente Altenizia Neves, que, junto com Jovaniel Rodrigues — ambos ex-servidores do Saúde Caixa —, vem acompanhando as negociações com a cooperativa médica.
O documento entregue também alerta para os riscos legais que a Caixa pode enfrentar pela omissão, incluindo possíveis ações judiciais e denúncias ao Ministério Público. As entidades reforçaram que o Saúde Caixa é um benefício financiado pelos próprios trabalhadores e que cabe à Caixa, como administradora, garantir uma rede credenciada mínima.
Caso a situação persista, o SEEB-RN já articula medidas mais contundentes, incluindo mobilizações e ações legais para assegurar o direito dos trabalhadores da ativa e aposentados. “Não vamos aceitar que essa negligência continue. O Saúde Caixa é um direito e vamos lutar até o fim para garantir que ele funcione plenamente”, reforçou o coordenador do SEEB-RN, Alexandre Cândido.