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Bancários do RN aprovam GREVE e partem para cima dos PATRÕES

17/11/10

Por ampla maioria, com apenas quatro votos contra, os bancários do RN aprovaram o início da greve por tempo indeterminado a partir da meia-noite desta quarta-feira, 29 de setembro. A paralisação é nacional diante da intransigência e falta de respeito dos banqueiros, que, depois da 40 dias de espera, propuseram uma esmola de 4,29%, índice que não cobre sequer a inflação do período, de 4,83%. A assembleia que deflagrou o início da greve foi realizada no auditório do SINTE. Mais de 300 bancários lotaram o espaço e saíram confiantes na vitória da paralisação. Além dos bancários, vários trabalhadores representantes de outras categorias e candidatos nas próximas eleições de 3 de outubro levaram solidariedade à categoria. A partir de agora, todos os dias os bancários se reunirão no final do dia em assembleias no mesmo local às 18h para avaliar o momento e votar, se for caso, alguma proposta dos patrões.

A partir desta quarta-feira, as agências de Natal e do interior estarão fechadas pelos piquetes organizados pelos trabalhadores. Aos clientes e ao restante da população, a categoria pede o apoio irrestrito ao movimento, uma vez que a exploração nas agências a que são submetidos os funcionários afeta diretamente o atendimento nas agências.

Na assembleia, os discursos trouxeram à tona o sentimento de indignação da categoria, explorada em todas as agências do RN. Relatos de assédio moral e de coação por parte de alguns gerentes, principalmente no Banco do Brasil, foram ouvidos e absorvidos pelo público que lotou o auditório. A traição do Comando Nacional, dirigido pela Contraf-CUT, também foi denunciado.

A expectativa agora é em relação ao fortalecimento do movimento até forçar os banqueiros a convocar uma nova rodada de negociação. A categoria exige um reajuste de 24% mais a reposição das perdas acumuladas desde o plano real, além do fim do assédio moral nas agências, isonomia e um reajuste de 25% na PLR distribuída linearmente a todos os bancários. "Vamos à vitória contra os banqueiros e o Governo Lula. Temos que dar o troco agora", encerrou a coordenadora geral do Sindicato, Marta Turra.