A CAIXA e o BB são algumas das empresas que patrocinaram um encontro de juízes federais em um luxuoso hotel na ilha de Comandatuba, na Bahia. Os apartamentos e bangalôs custam de R$ 900 a R$ 4 mil. Cada magistrado pagará R$ 750 e suas passagens aéreas. A diferença será coberta pelas empresas. A Caixa, por exemplo, vai "contribuir" com R$ 280 mil e o BB, com R$ 100 mil.
Segundo o presidente do Conselho da Justiça Federal, ministro Ari Pargendler, que recusou o c onvite, a Emenda Constitucional 45 veda aos juízes receber auxílios ou contribuições de pessoas físicas ou empresas.
O evento é promovido pela Ajufe -Associação de Juízes Federais do Brasil. O encontro teve quatro palestras e uma assembleia geral. Mas a maior parte do tempo foi dedicada a atividades desportivas e programação social. A cobertura dos gastos valeu para os acompanhantes, que também só pagaram a taxa de inscrição. O evento reuniu em torno de 700 pessoas. "Este tipo de evento tinha que ser realizado em escola da magistratura, tribunal ou universidade, com baixo custo, segurança e sem patrocínio", opina Ari Pargendler.