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Pesquisa revela que rotatividade em banco atrapalha emprego

27/07/11

SALVADOR (BA) - Para comprovar que os bancos contratam um número de funcionários muito aquém da realidade, basta verificar os dados. No primeiro trimestre do ano, as instituições financeiras geraram apenas 6.851 empregos. Expansão de 1,42%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os novos postos representam somente 1,3% das 525.565 vagas de trabalho abertas no país. Apesar do saldo, as empresas utilizam a rotatividade para reduzir o salário dos contratados. Para se ter uma ideia, a remuneração média dos admitidos nos três primeiros meses do ano foi de R$ 2.330,25, enquanto que dos desligados era de R$ 4.086,32. Diferença de 42,97%.

As espertezas não param por aí. Quase 65% das contratações são concentradas entre dois e três salários mínimos. O resultado supera o de 2010, quando o registrado foi 57,05%. As demissões, contudo, atingem aqueles que recebem mais de quatro salários mínimos, ou seja, 75,44% dos desligamentos.

As informações são da 9ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), em parceria com o Dieese, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.