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Crise internacional incita debates entre os Bancários no Encontro Estadual

04/07/09

Após aprovação do regime interno do Encontro Estadual dos Bancários, o debate sobre a crise internacional tomou conta do auditório do Monza Palace Hotel, em Lagoa Nova. Como palestrantes, a membro da coordenação estadual da Conlutas, Gisélia Rocha, e o bancário do BB e representante da Oposição Operária ao Sindicato dos Bancários da Bahia, Iuri Ramos.

Gisélia e Iuri fizeram um balanço teórico de como e o motivo pelo qual a crise nasceu e vem se alastrando pelo mundo. Ambos responsabilizaram o capitalismo e apontaram o socialismo como alternativa para construir um novo cenário mundial.

Segundo a representante da Conlutas, o Governo Lula tentou esconder a crise o quanto pode, mas a realidade não permitiu. “A marolinha que tanto Lula falou virou uma crise sem precedentes. A Vale demitiu ontem mais 400 funcionários, a Embraer mandou embora mais 4.200 trabalhadores. Essa é a realidade que precisamos mudar com luta e construindo o socialismo para acabar de uma vez com essas desigualdades e explorações”, disse.

Militante da Oposição Operária da Bahia, Iuri Ramos disse que o capitalismo não vai cair por si só. No entanto, ressaltou que o socialismo precisa ser construído de forma mais subversiva. “Acho que a burguesia tem condição de se manter no poder mesmo em crise. Nossa alternativa tem que ser subversiva, temos que repensar os modelos de organização que temos. É necessário caracterizar os limites. Não conseguiremos colocar na pauta um projeto socialista apenas lutando por reajuste salarial. É necessário colocar a disputa pelo poder político, compreender a própria tradição da luta”, finalizou.

Após as palestras dos dois convidados, a mesa abriu o microfone para as intervenções da platéia.