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Pela 4ª semana seguida, mercado baixa previsão para o PIB de 2011

29/08/11

Previsão de crescimento cai de 3,84% para 3,79% em 2011. Já estimativa para o IPCA deste ano sobe para 6,31%.


Os economistas do mercado financeiro subiram sua estimativa para a inflação deste ano ao mesmo tempo em que reduziram, pela quarta semana consecutiva, sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011, informou o Banco Central nesta segunda-feira (29) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.


Segundo o documento, que é fruto de pesquisa do BC com os bancos, a expectativa dos economistas das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 6,28% para 6,31%. A previsão para o IPCA de 2012, por sua vez, permaneceu estável em 5,20%.


Sistema de metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano. Em 12,50% ao ano, a taxa está no patamar mais alto desde o começo de 2009.


Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.


Juros
Sobre a taxa de juros, a expectativa dos analistas dos bancos permaneceu em 12,50% ao ano (patamar atual da taxa) para o fechamento de 2011. Com isso, o mercado financeiro continua acreditando em estabilidade da taxa de juros até o fim deste ano.


Neste momento, o BC já está olhando o cenário de 2012 para calibrar a taxa de juros. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado que define os juros básicos da economia, está marcada para o fim do mês de agosto.


Para o fim do ano que vem, a taxa recuou de 12,50% para 12,38% ao ano. Isso quer dizer que o mercado financeiro passou a acreditar em redução dos juros no decorrer de 2012.


Por: Alexandro Martello, do G1, em Brasília.