Na Trincheira 189
30/08/2011
"TÁ BOM ASSIM?"? NÃO! Bancários do BB e da CEF não podem aceitar aumento zero! Só no primeiro semestre, lucro fabuloso do BB cresceu 23% (R$ 6,3 bi); o da CEF, 36% (R$ 2,3 bi).
Chegou a hora. Com data-base em 1o de setembro, a esta altura os bancários já devem estar preparados para mais uma campanha salarial. Os pelegos da CUT começam a negociar com a Fenaban hoje, dia 30, em São Paulo; no dia 2, vão a Brasília conversar com representantes da CEF. Só o calendário do BB ainda não foi divulgado.
Como sempre, as cláusulas econômicas serão discutidas mais para a frente, perto do dia 15.
Até lá, não há como saber se os bancos estão dispostos a valorizar o
conjunto dos trabalhadores que, sob uma rotina massacrante, continua
fazendo seus lucros, já bilionários, crescerem mais e mais.
Uma pista, no entanto, foi dada pelo jornal O Globo no dia 13 de
agosto. Na reportagem intitulada "Contra crise, servidor não terá
aumento real", o leitor é informado de que "dirigentes das principais
estatais "Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Infraero e
Petrobras" já foram orientados a negar reajuste salarial com ganhos
acima da inflação aos seus empregados, tanto em 2011 quanto em 2012".
A intenção do governo, ao "vazar" essa notícia, é tentar esfriar a
campanha salarial dos bancários do BB e da CEF, trabalhadores que, de
1994 até agora, acumulam perdas salariais da ordem de 90%. No entanto, ninguém pode desanimar.
O lucro do BB no primeiro semestre do ano foi de R$ 6,3 bilhões (+23%); em 2010, foi de R$ 11,7 bilhões (+15,3%). A CEF lucrou R$ 2,3 bilhões só de janeiro a julho de 2011 (+36%); no ano passado todo, R$ 3,8 bilhões (+25,5%). É evidente, portanto, que não há crise nos bancos públicos. Ao contrário, seus lucros só crescem.
Governo do PT contra os trabalhadores
O que acontece é que o governo tem se utilizado dos lucros das
empresas públicas para pagar os juros da dívida pública, para camuflar
as contas de um governo que gasta mal, que não investe nos
trabalhadores, na educação, na saúde da parcela mais pobre da população.
É curioso notar que, até o fim do ano passado, toda a propaganda
governamental "aí incluídas as de Petrobras, BB, CEF etc." cantavam um
país "de primeiro mundo", um país onde os problemas já haviam sido
superados. Em síntese, um Brasil resgatado por Lula.
Acabou a campanha eleitoral e Dilma assumiu a Presidência. De
repente, os problemas começaram a aparecer. De um dia para o outro, já
não havia mais dinheiro para nada. Mas, que ninguém se esqueça: no
apagar das luzes do governo Lula, os vencimentos de presidente,
ministros e parlamentares receberam aumentos entre 62% e 140%.
No início do mandato, Dilma anunciou corte de R$ 50 bilhões no
orçamento. Depois, aumento zero para o salário mínimo. Foi a primeira
vez que isso aconteceu desde 1997. Há cerca de 15 dias, vetou aumento
para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo. Agora, mais
esse ataque contra os trabalhadores de empresas públicas.
Por que os trabalhadores têm de arcar com o peso da crise? Por que não arcam com ele os grandes empresários (banqueiros, empreiteiros, usineiros, latifundiários etc.)? Dinheiro não falta.
DEU NA IMPRENSA ? Reportagem de O Globo diz que o governo vai "comprar a briga", "mesmo sabendo que poderá haver custos com eventuais paralisações". Ora... É claro que vão acontecer paralisações! O que não pode acontecer é os trabalhadores ficarem sem aumento! Isso é inadmissível.
Na Trincheira 189
30/08/2011
"TÁ BOM ASSIM?"? NÃO! Bancários do BB e da CEF não podem aceitar aumento zero! Só no primeiro semestre, lucro fabuloso do BB cresceu 23% (R$ 6,3 bi); o da CEF, 36% (R$ 2,3 bi).
Chegou a hora. Com data-base em 1o de setembro, a esta altura os bancários já devem estar preparados para mais uma campanha salarial. Os pelegos da CUT começam a negociar com a Fenaban hoje, dia 30, em São Paulo; no dia 2, vão a Brasília conversar com representantes da CEF. Só o calendário do BB ainda não foi divulgado.
Como sempre, as cláusulas econômicas serão discutidas mais para a frente, perto do dia 15.
Até lá, não há como saber se os bancos estão dispostos a valorizar o
conjunto dos trabalhadores que, sob uma rotina massacrante, continua
fazendo seus lucros, já bilionários, crescerem mais e mais.
Uma pista, no entanto, foi dada pelo jornal O Globo no dia 13 de
agosto. Na reportagem intitulada "Contra crise, servidor não terá
aumento real", o leitor é informado de que "dirigentes das principais
estatais "Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Infraero e
Petrobras" já foram orientados a negar reajuste salarial com ganhos
acima da inflação aos seus empregados, tanto em 2011 quanto em 2012".
A intenção do governo, ao "vazar" essa notícia, é tentar esfriar a
campanha salarial dos bancários do BB e da CEF, trabalhadores que, de
1994 até agora, acumulam perdas salariais da ordem de 90%. No entanto, ninguém pode desanimar.
O lucro do BB no primeiro semestre do ano foi de R$ 6,3 bilhões (+23%); em 2010, foi de R$ 11,7 bilhões (+15,3%). A CEF lucrou R$ 2,3 bilhões só de janeiro a julho de 2011 (+36%); no ano passado todo, R$ 3,8 bilhões (+25,5%). É evidente, portanto, que não há crise nos bancos públicos. Ao contrário, seus lucros só crescem.
Governo do PT contra os trabalhadores
O que acontece é que o governo tem se utilizado dos lucros das
empresas públicas para pagar os juros da dívida pública, para camuflar
as contas de um governo que gasta mal, que não investe nos
trabalhadores, na educação, na saúde da parcela mais pobre da população.
É curioso notar que, até o fim do ano passado, toda a propaganda
governamental "aí incluídas as de Petrobras, BB, CEF etc." cantavam um
país "de primeiro mundo", um país onde os problemas já haviam sido
superados. Em síntese, um Brasil resgatado por Lula.
Acabou a campanha eleitoral e Dilma assumiu a Presidência. De
repente, os problemas começaram a aparecer. De um dia para o outro, já
não havia mais dinheiro para nada. Mas, que ninguém se esqueça: no
apagar das luzes do governo Lula, os vencimentos de presidente,
ministros e parlamentares receberam aumentos entre 62% e 140%.
No início do mandato, Dilma anunciou corte de R$ 50 bilhões no
orçamento. Depois, aumento zero para o salário mínimo. Foi a primeira
vez que isso aconteceu desde 1997. Há cerca de 15 dias, vetou aumento
para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo. Agora, mais
esse ataque contra os trabalhadores de empresas públicas.
Por que os trabalhadores têm de arcar com o peso da crise? Por que não arcam com ele os grandes empresários (banqueiros, empreiteiros, usineiros, latifundiários etc.)? Dinheiro não falta.
DEU NA IMPRENSA ? Reportagem de O Globo diz que o governo vai "comprar a briga", "mesmo sabendo que poderá haver custos com eventuais paralisações". Ora... É claro que vão acontecer paralisações! O que não pode acontecer é os trabalhadores ficarem sem aumento! Isso é inadmissível.
Quando é para fazer propaganda, o governo diz que o país está tranquilo, que não vai sofrer com a crise, mas quando é para dar aumento aos trabalhadores, aí a crise aparece
Na Trincheira 189
30/08/2011
"TÁ BOM ASSIM?"? NÃO! Bancários do BB e da CEF não podem aceitar aumento zero! Só no primeiro semestre, lucro fabuloso do BB cresceu 23% (R$ 6,3 bi); o da CEF, 36% (R$ 2,3 bi).
Chegou a hora. Com data-base em 1o de setembro, a esta altura os bancários já devem estar preparados para mais uma campanha salarial. Os pelegos da CUT começam a negociar com a Fenaban hoje, dia 30, em São Paulo; no dia 2, vão a Brasília conversar com representantes da CEF. Só o calendário do BB ainda não foi divulgado.
Como sempre, as cláusulas econômicas serão discutidas mais para a frente, perto do dia 15.
Até lá, não há como saber se os bancos estão dispostos a valorizar o
conjunto dos trabalhadores que, sob uma rotina massacrante, continua
fazendo seus lucros, já bilionários, crescerem mais e mais.
Uma pista, no entanto, foi dada pelo jornal O Globo no dia 13 de
agosto. Na reportagem intitulada "Contra crise, servidor não terá
aumento real", o leitor é informado de que "dirigentes das principais
estatais "Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Infraero e
Petrobras" já foram orientados a negar reajuste salarial com ganhos
acima da inflação aos seus empregados, tanto em 2011 quanto em 2012".
A intenção do governo, ao "vazar" essa notícia, é tentar esfriar a
campanha salarial dos bancários do BB e da CEF, trabalhadores que, de
1994 até agora, acumulam perdas salariais da ordem de 90%. No entanto, ninguém pode desanimar.
O lucro do BB no primeiro semestre do ano foi de R$ 6,3 bilhões (+23%); em 2010, foi de R$ 11,7 bilhões (+15,3%). A CEF lucrou R$ 2,3 bilhões só de janeiro a julho de 2011 (+36%); no ano passado todo, R$ 3,8 bilhões (+25,5%). É evidente, portanto, que não há crise nos bancos públicos. Ao contrário, seus lucros só crescem.
Governo do PT contra os trabalhadores
O que acontece é que o governo tem se utilizado dos lucros das
empresas públicas para pagar os juros da dívida pública, para camuflar
as contas de um governo que gasta mal, que não investe nos
trabalhadores, na educação, na saúde da parcela mais pobre da população.
É curioso notar que, até o fim do ano passado, toda a propaganda
governamental "aí incluídas as de Petrobras, BB, CEF etc." cantavam um
país "de primeiro mundo", um país onde os problemas já haviam sido
superados. Em síntese, um Brasil resgatado por Lula.
Acabou a campanha eleitoral e Dilma assumiu a Presidência. De
repente, os problemas começaram a aparecer. De um dia para o outro, já
não havia mais dinheiro para nada. Mas, que ninguém se esqueça: no
apagar das luzes do governo Lula, os vencimentos de presidente,
ministros e parlamentares receberam aumentos entre 62% e 140%.
No início do mandato, Dilma anunciou corte de R$ 50 bilhões no
orçamento. Depois, aumento zero para o salário mínimo. Foi a primeira
vez que isso aconteceu desde 1997. Há cerca de 15 dias, vetou aumento
para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo. Agora, mais
esse ataque contra os trabalhadores de empresas públicas.
Por que os trabalhadores têm de arcar com o peso da crise? Por que não arcam com ele os grandes empresários (banqueiros, empreiteiros, usineiros, latifundiários etc.)? Dinheiro não falta.
DEU NA IMPRENSA ? Reportagem de O Globo diz que o governo vai "comprar a briga", "mesmo sabendo que poderá haver custos com eventuais paralisações". Ora... É claro que vão acontecer paralisações! O que não pode acontecer é os trabalhadores ficarem sem aumento! Isso é inadmissível.