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REFLEXÕES SOBRE A CAMPANHA SALARIAL

14/09/11

Adaptado do Boletim Eletrônico do Movimento de Oposição do Rio de Janeiro – Natal/RN, 01/09/2011 - por Gilmar



No início deste ano, Dilma teve aumento salarial de 133%. Em maio, o jornal Valor Econômico revelou que, de abril de 2011 a março de 2012, o BB pagará a seus 37 diretores, em média, R$1,03 milhão (aumento de 17%). Isso equivale a R$ 85 mil por mês, em média, por cada diretor. Nos seis primeiros meses do ano o lucro dos cinco maiores bancos do país aumentou 19,9%, em comparação com o mesmo período de 2010. Já os bancários amargam perdas salariais e retiradas de direitos.

Apesar de todo esse cenário, comenta-se que os banqueiros vão pedir mais sacrifícios aos bancários. Será que a categoria vai aceitar mais um reajuste salarial pífio como nos últimos anos? Ou será que vai preferir a luta para exigir que eles repartam o bolo?

Temos clareza que de um lado estão as Rousseff, os Bendine e os Setubal, com seus bilionários lucros, armados com suas canetas douradas para tirar nossos direitos e exigir sacrifício e compreensão. Do outro estão os bancários que trabalham de forma estafante para bater as metas infinitas e “cuidar das suas carteiras” (que são do banco) sob ameaça de serem penalizados na carreira caso não cumpram as metas. Isso tudo gera adoecimentos, insônias, enfartos e até mortes no trabalho.
Porém, tudo isso têm limites. Chega a hora de acordar, de perceber que os banqueiros querem nos individualizar, robotizar, gerar competição entre nós para nos explorar cada vez mais. Querem nos aprisionar na frente de um computador para que não tenhamos mais tempo nem de conversar com os colegas e nos organizar coletivamente.

Diante dessas condições, temos que aguçar a nossa consciência e compreender que não somos máquinas, homens é que somos, como disse Charles Chaplin, e que foi o fruto do nosso trabalho que proporcionou o lucro bilionário dos banqueiros e, por essa razão, merecemos uma remuneração mais justa.

E o momento de lutar é agora, na Campanha Salarial, quando se busca melhores resultados para os bancários. Mas a luta tem que ser coletiva e solidária. Todos têm o dever de participar. Não basta os escriturários e caixas executivos participarem das assembléias e fazerem a greve. A participação dos assistentes e da gerência média é crucial para se chegar a um resultado rápido e favorável.